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10/06/2005
-
09h43
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) desacelerou para 0,49% em maio, a menor taxa desde outubro do ano passado, quanto ficou em 0,44%. O recuo da inflação no mês passado ocorreu por conta dos aumentos menores nos preços controlados e nos alimentos, aliados aos combustíveis mais baratos.
Em abril, o IPCA havia registrado variação positiva de 0,87%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado de maio ficou abaixo também das projeções de analistas. Segundo o último Relatório de Mercado do Banco Central, a expectativa era de uma variação de 0,56% para o mês.
"O resultado de maio não mostra um menor crescimento de preços na maioria dos produtos consumidos, muitos preços livres ainda se mostram em alta. A redução de um mês para o outro está concentrada em itens que tiveram impactos fortes em abril e que são de grande consumo das famílias: ônibus urbanos, remédios e energia elétrica", afirmou a gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
Em maio, os medicamentos tiveram a maior contribuição individual na formação do IPCA, com alta de 1,81% e impacto de 0,07 ponto percentual no índice. Com o reajuste dado pela Câmara de Regulação de Medicamentos, os remédios ficaram 5,13% mais caros nos últimos dois meses.
Também contribuíram para pressionar a taxa os ônibus urbanos, com aumento de 0,82% --devido ainda ao aumento das passagens no Rio em abril. Energia elétrica teve alta de 1,78% com o reajuste em quatro regiões: Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife.
Os alimentos diminuíram a alta de 0,81% para 0,65% entre abril e maio. Alguns produtos ficaram mais baratos, como frutas (-4,09%), peixes (-3,30%) e arroz (-2,35%). Os combustíveis também apresentaram recuo nos preços: o álcool teve queda média de 5,42% no mês e a gasolina caiu 0,64%.
No acumulado do ano, o IPCA registra alta de 3,18%. O resultado é superior à metade do centro da meta ajustada de inflação deste ano, de 5,1%. O indicador serve de parâmetro para as metas de inflação do governo. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 8,05%.
Entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, as taxas mais altas foram verificadas em Recife (+1,16%) e Salvador (+1,11%). Goiânia apresentou deflação de 0,52%. Em São Paulo, a alta foi de 0,37% e no Rio de Janeiro, de 0,83%.
O IPCA se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.
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Em abril, o IPCA havia registrado variação positiva de 0,87%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado de maio ficou abaixo também das projeções de analistas. Segundo o último Relatório de Mercado do Banco Central, a expectativa era de uma variação de 0,56% para o mês.
"O resultado de maio não mostra um menor crescimento de preços na maioria dos produtos consumidos, muitos preços livres ainda se mostram em alta. A redução de um mês para o outro está concentrada em itens que tiveram impactos fortes em abril e que são de grande consumo das famílias: ônibus urbanos, remédios e energia elétrica", afirmou a gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
Em maio, os medicamentos tiveram a maior contribuição individual na formação do IPCA, com alta de 1,81% e impacto de 0,07 ponto percentual no índice. Com o reajuste dado pela Câmara de Regulação de Medicamentos, os remédios ficaram 5,13% mais caros nos últimos dois meses.
Também contribuíram para pressionar a taxa os ônibus urbanos, com aumento de 0,82% --devido ainda ao aumento das passagens no Rio em abril. Energia elétrica teve alta de 1,78% com o reajuste em quatro regiões: Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife.
Os alimentos diminuíram a alta de 0,81% para 0,65% entre abril e maio. Alguns produtos ficaram mais baratos, como frutas (-4,09%), peixes (-3,30%) e arroz (-2,35%). Os combustíveis também apresentaram recuo nos preços: o álcool teve queda média de 5,42% no mês e a gasolina caiu 0,64%.
No acumulado do ano, o IPCA registra alta de 3,18%. O resultado é superior à metade do centro da meta ajustada de inflação deste ano, de 5,1%. O indicador serve de parâmetro para as metas de inflação do governo. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 8,05%.
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