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18/07/2005
-
13h39
CLARICE SPITZ
da Folha Online
Uma das únicas vozes dissonantes no encontro que ocorre nesta segunda-feira entre empresários e entidades civis para tratar das recentes ações anti-sonegação da Polícia Federal, Emerson Kapaz, presidente do Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial), disse que as ações são "uma das boas novidades dos últimos oito meses".
"Para os empresários estava entendido que isso [as operações] era muito bom até que se mexeu com um ou outro que incomodou", disse Kapaz, que participa da reunião promovida para discutir formas de evitar que os empresários tornem-se vítimas de "arbitrariedades" da PF.
Ao contrário da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) que chamou as recentes operações de "pirotécnicas", Kapaz disse que não vê exageros e que, ao contrário, elas devem ser fortalecidas.
Segundo ele, todas as operações da Receita e da PF partiram de irregularidades comprovadas e que ocorrem para que empresários que pagam seus impostos tenham uma concorrência leal.
De acordo com Kapaz, o governo deixa de arrecadar cerca de R$ 160 bilhões por ano com sonegação, pirataria e contrabando.
"Ou nós fazemos uma Operação Mãos Limpas à brasileira, ou vamos perder a chance de mudar o conceito de ética neste país", afirmou ele.
A Operação Mãos Limpas representa o maior projeto de combate à máfia e à corrupção da história da Itália. Iniciada em 1992, incluiu a prisão de mais de 1.000 pessoas. Tribunais da Sicília (ilha localizada no sudoeste da Itália) expediram mais de cem sentenças de prisão perpétua.
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Uma das únicas vozes dissonantes no encontro que ocorre nesta segunda-feira entre empresários e entidades civis para tratar das recentes ações anti-sonegação da Polícia Federal, Emerson Kapaz, presidente do Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial), disse que as ações são "uma das boas novidades dos últimos oito meses".
"Para os empresários estava entendido que isso [as operações] era muito bom até que se mexeu com um ou outro que incomodou", disse Kapaz, que participa da reunião promovida para discutir formas de evitar que os empresários tornem-se vítimas de "arbitrariedades" da PF.
Ao contrário da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) que chamou as recentes operações de "pirotécnicas", Kapaz disse que não vê exageros e que, ao contrário, elas devem ser fortalecidas.
Segundo ele, todas as operações da Receita e da PF partiram de irregularidades comprovadas e que ocorrem para que empresários que pagam seus impostos tenham uma concorrência leal.
De acordo com Kapaz, o governo deixa de arrecadar cerca de R$ 160 bilhões por ano com sonegação, pirataria e contrabando.
"Ou nós fazemos uma Operação Mãos Limpas à brasileira, ou vamos perder a chance de mudar o conceito de ética neste país", afirmou ele.
A Operação Mãos Limpas representa o maior projeto de combate à máfia e à corrupção da história da Itália. Iniciada em 1992, incluiu a prisão de mais de 1.000 pessoas. Tribunais da Sicília (ilha localizada no sudoeste da Itália) expediram mais de cem sentenças de prisão perpétua.
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