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15/09/2003
-
06h04
da Folha de S.Paulo
Quando se perde uma causa na Justiça, há a possibilidade de recorrer novamente em segunda instância. Quem faz esse julgamento final é um desembargador, antes juiz de primeira instância, que é promovido ao cargo no final da carreira.
Em mais de 34 anos de carreira, o desembargador Celso Limonge já julgou diversos tipos de processo, como o da morte de sete crianças em uma sessão de magia negra autorizada pelas próprias mães. Ele confessa que, às vezes, se assusta com o caso. "São coisas que a gente não pode nem acreditar."
Um juiz não pode ser um julgador, mas a figura que aplica a justiça na medida certa. Um caso não pode irritá-lo pessoalmente; sua indignação não pode ser refletida no processo.
"Ninguém sabe o peso que é condenar alguém a 20 anos de prisão. E a gente faz isso várias vezes por dia. Temos que desfazer um dilema e não podemos nos furtar disso", explica.
O volume de trabalho é grande. São mais de dez horas por dia, cerca de 18 processos por semana, além dos casos de habeas corpus. Quando a Folha chegou a seu gabinete, um dos trabalhos era um processo de 33 volumes --com cerca de 220 páginas em cada um deles.
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"Ninguém sabe o peso de condenar a 20 anos de prisão"
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Quando se perde uma causa na Justiça, há a possibilidade de recorrer novamente em segunda instância. Quem faz esse julgamento final é um desembargador, antes juiz de primeira instância, que é promovido ao cargo no final da carreira.
Em mais de 34 anos de carreira, o desembargador Celso Limonge já julgou diversos tipos de processo, como o da morte de sete crianças em uma sessão de magia negra autorizada pelas próprias mães. Ele confessa que, às vezes, se assusta com o caso. "São coisas que a gente não pode nem acreditar."
Um juiz não pode ser um julgador, mas a figura que aplica a justiça na medida certa. Um caso não pode irritá-lo pessoalmente; sua indignação não pode ser refletida no processo.
André Sarmento/Folha Imagem Celso Limonge, que analisa um processo de 33 volumes |
O volume de trabalho é grande. São mais de dez horas por dia, cerca de 18 processos por semana, além dos casos de habeas corpus. Quando a Folha chegou a seu gabinete, um dos trabalhos era um processo de 33 volumes --com cerca de 220 páginas em cada um deles.
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