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03/02/2005
-
10h30
da Folha de S. Paulo
Nas três universidades estaduais paulistas, os trotes violentos ou os que constranjam o calouro estão proibidos e podem resultar até em expulsão do veterano.
Para coibir as práticas violentas, a USP terá até um telefone (0800-121090) para que os calouros possam fazer denúncias. Os estudantes não precisam se identificar, e as informações são apuradas pelas unidades.
Segundo Oswaldo Crivello Júnior, que coordena o serviço, nos últimos anos, as denúncias, mesmo não tendo diminuído significativamente em número, têm sido de menor intensidade. "As denúncias de trote que recebemos hoje em dia são muito mais leves do que há alguns anos. Mesmo na Esalq [Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba], que tem uma tradição forte de trotes, tem havido uma diminuição de violências e constrangimentos", disse Crivello.
Na Unicamp, não há um telefone exclusivo para denúncias. Caso precise, o calouro deve entrar em contato com o Serviço de Apoio ao Estudante ou com a Ouvidoria.
Para evitar que o aluno tenha seu cabelo cortado porque não tem como dizer não a um grupo de veteranos, a Faculdade de Odontologia da Unesp de São José dos Campos pedirá que os estudantes assinem um termo na hora da matrícula autorizando ou não esse tipo de trote.
No lugar dos trotes tradicionais, as universidades promoverão o chamado trote cidadão, como doações de sangue, de alimentos e trabalhos voluntários.
Tour
Além de ter de integrar o novo estudante à universidade, muitas vezes a semana de recepção tem de apresentar o calouro também a uma cidade que ele não conhece.
"As unidades da USP no interior recebem boa parte dos seus alunos de outros municípios. Elas têm de fazer uma integração não só ao ambiente escolar mas também à própria cidade. O Instituto de Química de São Carlos, vencedor de um dos prêmios de melhor recepção, fez uma programação que contava com discussões sobre a ecologia da região, por exemplo", disse Oswaldo Crivello Júnior, coordenador do grupo de trabalho sobre recepção da USP.
Já segundo Marco Aurélio Cremasco, coordenador do Serviço de Apoio ao Estudante da Unicamp, o principal desafio da universidade é integrar primeiro o aluno a tudo o que o campus oferece. "Se ele precisar de um pronto-socorro, por exemplo, ele tem de saber que há um aqui. Outras dúvidas, como onde tem um supermercado, os alunos que vão estar nas tendas podem tirar."
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Nas três universidades estaduais paulistas, os trotes violentos ou os que constranjam o calouro estão proibidos e podem resultar até em expulsão do veterano.
Para coibir as práticas violentas, a USP terá até um telefone (0800-121090) para que os calouros possam fazer denúncias. Os estudantes não precisam se identificar, e as informações são apuradas pelas unidades.
Segundo Oswaldo Crivello Júnior, que coordena o serviço, nos últimos anos, as denúncias, mesmo não tendo diminuído significativamente em número, têm sido de menor intensidade. "As denúncias de trote que recebemos hoje em dia são muito mais leves do que há alguns anos. Mesmo na Esalq [Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba], que tem uma tradição forte de trotes, tem havido uma diminuição de violências e constrangimentos", disse Crivello.
Na Unicamp, não há um telefone exclusivo para denúncias. Caso precise, o calouro deve entrar em contato com o Serviço de Apoio ao Estudante ou com a Ouvidoria.
Para evitar que o aluno tenha seu cabelo cortado porque não tem como dizer não a um grupo de veteranos, a Faculdade de Odontologia da Unesp de São José dos Campos pedirá que os estudantes assinem um termo na hora da matrícula autorizando ou não esse tipo de trote.
No lugar dos trotes tradicionais, as universidades promoverão o chamado trote cidadão, como doações de sangue, de alimentos e trabalhos voluntários.
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Além de ter de integrar o novo estudante à universidade, muitas vezes a semana de recepção tem de apresentar o calouro também a uma cidade que ele não conhece.
"As unidades da USP no interior recebem boa parte dos seus alunos de outros municípios. Elas têm de fazer uma integração não só ao ambiente escolar mas também à própria cidade. O Instituto de Química de São Carlos, vencedor de um dos prêmios de melhor recepção, fez uma programação que contava com discussões sobre a ecologia da região, por exemplo", disse Oswaldo Crivello Júnior, coordenador do grupo de trabalho sobre recepção da USP.
Já segundo Marco Aurélio Cremasco, coordenador do Serviço de Apoio ao Estudante da Unicamp, o principal desafio da universidade é integrar primeiro o aluno a tudo o que o campus oferece. "Se ele precisar de um pronto-socorro, por exemplo, ele tem de saber que há um aqui. Outras dúvidas, como onde tem um supermercado, os alunos que vão estar nas tendas podem tirar."
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