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Alunos e servidores apostam em negociação para evitar ação da PM na USP
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CLAYTON FREITAS
da Folha Online
Alunos e servidores da USP afirmaram nesta sexta-feira que seria inadequada uma eventual ação da PM para cumprir o mandado de reintegração de posse da reitoria antes da reunião que deverá ocorrer na próxima segunda-feira (28) com o secretário da Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey. Eles apostam na negociação contra o uso da força policial para a retirada dos manifestantes, que ocupam a reitoria desde o dia 3 deste mês.
A decisão que determina a desocupação do local foi expedida no dia 16 pela 13ª Vara da Fazenda Pública. Na ocasião, o oficial de Justiça não foi recebido pelos alunos, e a PM (Polícia Militar) foi acionada para auxiliar a desocupação. A operação é preparada desde o dia 18.
Após reuniões frustradas com a reitoria, os alunos insistem em permanecer no prédio e reafirmaram nesta sexta que não deixarão o local sem que as reivindicações tenham sido encaminhadas. "Caso haja alguma ação da PM será um completo absurdo", disse o aluno Waddy Issa Fernandes, 23, integrante da comissão da ocupação.
Para ele, o importante não é a discussão sobre a retirada dos estudantes da reitoria, mas uma melhor análise das propostas dos alunos por parte da reitoria e do governo estadual.
Durante encontro ocorrido na quinta (24), o secretário informou aos universitários que seria impossível garantir que a operação de reintegração não ocorra no fim de semana. Marrey, segundo a comissão de imprensa, também afirmou a eles que não poderia anular os decretos do governador José Serra (PSDB) para o ensino superior --que, para os estudantes tiram a autonomia das universidades.
Para o diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) Magno de Carvalho, será um contra-senso qualquer tentativa de uso de força policial antes da reunião. O sindicato apresentou à Justiça um pedido para tentar reverter a decisão do juiz Edson Ferreira da Silva, da 13ª Vara da Fazenda Pública, que negou o adiamento da reintegração de posse por dez dias.
Nesta sexta, o clima no prédio da reitoria é de tranqüilidade. No entanto, os manifestantes mantêm na frente do prédio a barricada montada com pneus.
Relógio
O relógio da USP, localizado em frente ao antigo prédio da reitoria --onde atualmente a CCS (Coordenadoria de Comunicação Social-- amanheceu pichado nesta sexta-feira.
Os guardas universitários que estiveram no local informaram que é impossível saber quem foi o autor porque o local está aberto desde o início da ocupação.
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