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19/12/2000 - 17h07

Preocupação com futuro eleva nota da Unicamp no provão

MÁRIO TONOCCHI
da Folha Online, em Campinas

O desempenho dos alunos de último ano da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no Exame Nacional de Cursos, o provão, reflete o receio dos alunos em serem "punidos" por maus resultados em suas futuras carreiras.

A análise é do pró-reitor de Graduação da universidade, Angelo Cortelazzo. Para ele, a consciência dos alunos em querer ajudar a melhorar os cursos que fazem também afetou no resultado da avaliação deste ano do MEC (Ministério da Educação).

O coordenador do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Unicamp, Tavilson Limbergue, 29, concorda com o pró-reitor de Graduação.

"Temos certeza de que muitos alunos foram fazer as provas com medo de sair da universidade que tenha uma imagem ruim com nota baixa no provão. Isso vai acabar prejudicando o profissional na hora de arrumar emprego", afirmou o estudante.

A Unicamp recebeu nota A nos 12 cursos em que foi avaliada. 751 alunos do último ano desses cursos fizeram as provas. O provão avaliou neste ano 18 cursos universitários.

A menor participação aconteceu no curso de letras, com 84,4% de alunos que entraram para fazer as provas. Nos demais cursos a participação chegou próximo a 100%, como engenharia civil e engenharia química.

A universidade está evoluindo nos conceitos do provão desde o primeiro exame, em 1996, quando o curso de engenharia civil recebeu "E", em razão do boicote dos alunos, passou para "C" em 97 e "A" desde 1998. Engenharia química teve C, B, B e A, em 2000.

"Isso não significa que estamos fazendo um cursinho para melhorar os pontos que caem nas provas. O que fazemos é analisar o dados para melhorarmos cada vez mais o ensino na universidade como um todo", explicou o pró-reitor.

A Unicamp tem hoje 28 cursos. Em 2001 a universidade terá mais um curso em teste, pedagogia, que entra na lista do provão.

Investimentos

A Unicamp estuda novos investimentos no sistema de educação. Com superávit de orçamento de R$ 18 milhões, devido a taxas maiores de recolhimento do ICMS repassados pelo Estado por cotas à universidade, está no Consu (Conselho Universitário).

Com o dinheiro, segundo o pró-reitor de Graduação, a intenção é aumentar entre 5% e 10% o número de vagas para vestibulandfos em novos cursos até 2002.

A universidade tem hoje 2.355 vagas. Entre os cursos que podem ser criados está o de Fonoaudiologia. Este curso é o que está em fase mais adiantada de discussão para a implantação.

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