Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/01/2001 - 12h10

República, pensão? A dúvida na hora de estudar em outra cidade

ALESSANDRO TARSO
da Folha de S.Paulo

Txarli-Braun, 18, nasceu em São Paulo e até o final de 1999 morava, com os pais, no bairro Itaim Bibi (na zona sudoeste da capital paulista). Mas, no início do ano 2000, ele fez as malas e foi morar, com mais 12 estudantes, em uma república na cidade de Piracicaba (170 km a noroeste de SP).

Txarli-Braun (referência ao amigo Charlie Brown do personagem Snoopy), na verdade, é o apelido que Rodrigo Munhoz de Almeida ganhou ao ser admitido na república Copacabana, uma das mais tradicionais do país. A grafia do nome deve-se a um "alfabeto próprio" dos moradores da república. Munhoz é estudante do 2º ano da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP (Universidade de São Paulo).

Assim como ele, todos os anos, milhares de estudantes têm de deixar suas casas, onde geralmente moram com a família, para viver em outra cidade ou Estado, para cursar uma universidade. Alguns deles, na euforia de ter sido aprovado no vestibular, acabam esquecendo um detalhe importante: onde morar?

As opções são variadas e é preciso escolher com cuidado. As moradias estudantis, oferecidas gratuitamente por muitas universidades públicas, como a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a USP (Universidade de São Paulo), a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e a UFPR (Universidade Federal do Paraná), são alternativa ideal para quem não pode gastar.

Outra opção são as tradicionais repúblicas estudantis, públicas ou particulares, que são as mais comuns, e as pensões ou pensionatos. Trata-se de uma casa, geralmente alugada pelos estudantes, onde eles convivem durante o curso com estudos e festas, entre outras atividades.

Se você pode pagar, é possível também alugar uma casa ou apartamento e morar sozinho ou escolher com quem quer morar.

Para esses casos, a UMC (Universidade de Mogi das Cruzes), localizada a 50 km de SP, criou um "cadastro de oportunidades" no qual é possível encontrar vagas em pensões ou repúblicas em casas e apartamentos para alugar.

Segundo a coordenadora do SAE (Serviço de Apoio ao Estudante) da UMC, Sinthya Milene Azevedo Portela, 40, a procura pelo cadastro é grande, sobretudo porque a maioria das vagas é oferecida diretamente por outros estudantes ou proprietários, sem muitas exigências.

"No ano passado, encaminhamos cerca de mil estudantes à procura de moradia." Sinthya explica ainda que o cadastro facilita a vida do aluno, pois "as imobiliárias fazem muitas exigências". O mesmo tipo de cadastro é oferecido para os estudantes da Unicamp, que também oferece moradia gratuita.

Em grupo

Todos os estudantes entrevistados pela Folha foram unânimes em afirmar que preferem morar em grupo. Os principais motivos são o companheirismo, o desenvolvimento da maturidade e, é claro, o custo reduzido.

"Aqui se aprendem valores e ninguém fica só", diz Elizângela dos Santos, 20, que divide um quarto com mais duas estudantes na Ceuc (Casa da Estudante Universitária de Curitiba), no Paraná. A Ceuc é uma moradia pública feminina mantida pela UFPR e que tem 102 moradoras. De acordo com Elizângela, elas pagam uma taxa de R$ 20 mensais para cobrir gastos administrativos.

Leia também:

  • Universidades públicas mantêm moradia gratuita

  • Morar em república pede divisão de tarefas

  • República, pensão? A dúvida na hora de estudar em outra cidade

  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página