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Ministro admite falhas em processo e diz que PF mantém investigação sobre Enem
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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Justiça) afirmou nesta quarta-feira que as investigações sobre o vazamento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ainda vão apontar se houve motivação política ou não. Segundo o ministro, a Polícia Federal continua no caso para avaliar se há uma quadrilha atuando nesse crime com intenções até de vazar a nova prova.
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"A Polícia Federal vai continuar investigando. O primeiro inquérito já encerrou. Pode ser um crime continuado. Pode ser uma quadrilha que esteja tentando vazar também o próximo exame, ai poderá verificar se há interesse ou não [interesse político no vazamento]", afirmou.
O ministro reconheceu que o vazamento trouxe desgaste ao governo e que é preciso aperfeiçoar os mecanismos de controle.
"Tudo indica que foi um crime de oportunismo. Ou seja, as pessoas se organizaram rapidamente para conseguir uma prova para vendê-la. Agora, nós temos que ter uma precaução sempre, não só na apuração, como no juízo político sobre o fato para não buscar os culpados errados. O culpado aí não é o Enem. O culpado é quem violou a lei. Agora, nos precisamos verificar se os nossos controles estavam adequados, tudo indica que não", afirmou.
Segundo o ministro, a Polícia Federal vai agir para tentar mapear as falhas que levaram o vazamento e impedir novas ações criminosas. "Claro que um acontecimento como esse gera constrangimento político no governo e ataques da oposição. Isso é normal. Isso acontece também com concursos públicos, quando são anulados. O que nós temos que tirar dessa situação desfavorável? Tirar o rumo favorável. A inteligência da Policia Federal apurar com todo rigor desde o começo do delito, acompanhar os procedimentos técnicos, o itinerário de produção da prova, sua impressão e distribuição, para que não ocorra esse tipo de estrago a ordem publica, ao interesse publico", disse.
O Enem seria realizado no início do mês para 4,1 milhões de estudantes de todo o país, mas foi adiado para os dias 5 e 6 de dezembro depois que parte da prova foi divulgada pela imprensa.
A Polícia Federal indiciou cinco pessoas pelo vazamento do exame. O delegado Marcelo Baltazar descartou qualquer suspeita de motivação política no caso. Foram indiciados Felipe Pradella, Felipe Ribeiro e Marcelo Sena --funcionários da Cetro, uma das três empresas que compõem o consórcio Connasel, então responsável pela elaboração e aplicação do Enem--, o empresário Luciano Rodrigues, dono de uma pizzaria nos Jardins, e o DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid.
Os estudantes que não quiserem ou não puderem fazer a nova prova, em dezembro, devem enviar uma carta para o Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais) fazendo a solicitação de reembolso.
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Está vendo como eu estou certo, o analfabetismo entre adultos registrou alta.... se eu bem me lembro, faz mais de dez anos que isso não acontecia.
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