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14/10/2009 - 12h37

Ministro admite falhas em processo e diz que PF mantém investigação sobre Enem

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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Tarso Genro (Justiça) afirmou nesta quarta-feira que as investigações sobre o vazamento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ainda vão apontar se houve motivação política ou não. Segundo o ministro, a Polícia Federal continua no caso para avaliar se há uma quadrilha atuando nesse crime com intenções até de vazar a nova prova.

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"A Polícia Federal vai continuar investigando. O primeiro inquérito já encerrou. Pode ser um crime continuado. Pode ser uma quadrilha que esteja tentando vazar também o próximo exame, ai poderá verificar se há interesse ou não [interesse político no vazamento]", afirmou.

O ministro reconheceu que o vazamento trouxe desgaste ao governo e que é preciso aperfeiçoar os mecanismos de controle.

"Tudo indica que foi um crime de oportunismo. Ou seja, as pessoas se organizaram rapidamente para conseguir uma prova para vendê-la. Agora, nós temos que ter uma precaução sempre, não só na apuração, como no juízo político sobre o fato para não buscar os culpados errados. O culpado aí não é o Enem. O culpado é quem violou a lei. Agora, nos precisamos verificar se os nossos controles estavam adequados, tudo indica que não", afirmou.

Segundo o ministro, a Polícia Federal vai agir para tentar mapear as falhas que levaram o vazamento e impedir novas ações criminosas. "Claro que um acontecimento como esse gera constrangimento político no governo e ataques da oposição. Isso é normal. Isso acontece também com concursos públicos, quando são anulados. O que nós temos que tirar dessa situação desfavorável? Tirar o rumo favorável. A inteligência da Policia Federal apurar com todo rigor desde o começo do delito, acompanhar os procedimentos técnicos, o itinerário de produção da prova, sua impressão e distribuição, para que não ocorra esse tipo de estrago a ordem publica, ao interesse publico", disse.

O Enem seria realizado no início do mês para 4,1 milhões de estudantes de todo o país, mas foi adiado para os dias 5 e 6 de dezembro depois que parte da prova foi divulgada pela imprensa.

A Polícia Federal indiciou cinco pessoas pelo vazamento do exame. O delegado Marcelo Baltazar descartou qualquer suspeita de motivação política no caso. Foram indiciados Felipe Pradella, Felipe Ribeiro e Marcelo Sena --funcionários da Cetro, uma das três empresas que compõem o consórcio Connasel, então responsável pela elaboração e aplicação do Enem--, o empresário Luciano Rodrigues, dono de uma pizzaria nos Jardins, e o DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid.

Os estudantes que não quiserem ou não puderem fazer a nova prova, em dezembro, devem enviar uma carta para o Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais) fazendo a solicitação de reembolso.

Comentários dos leitores
M Mig (2180) 11/12/2009 22h58
M Mig (2180) 11/12/2009 22h58
joão nogueira
Está vendo como eu estou certo, o analfabetismo entre adultos registrou alta.... se eu bem me lembro, faz mais de dez anos que isso não acontecia.
sem opinião
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Alvaro Conrado da Costa (10) 06/12/2009 23h04
Alvaro Conrado da Costa (10) 06/12/2009 23h04
Os judeus gostam de exigir dos outros que cumpram os seus rituais religiosos. Gostam de subjugar os outros povos, achando, inclusive, que são seres superiores. A sua prática religiosa não pode mudar uma determinação legal ou não no Brasil. O nosso país já dá muita liberdade à prática religiosa. Por isso, essa proliferação de igrejas que roubam os pobres que acreditam nessa mentira, que é a religião sob qualquer ângulo. Não se pode privilegiar religião alguma. Aqui, não é Israel. Lá, a prova nem seria marcada. Acertada a decisão do STF. Estudo é coisa séria e não se pode mudar data de prova por causa de religião de quem quer que seja. Vivvamos de verdade e não de mentira! 7 opiniões
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Delci Liberti (5) 05/12/2009 04h56
Delci Liberti (5) 05/12/2009 04h56
Como já era de se esperar, iria aparecer alguma coisa, mesmo que seja falsa., a credibilidade acabou, apenas são os milhões para a elaboração e execução das provas. Eu Como educador este tipo de coleta de pontuação não funciona, isso deveria ser feito ao longo da formação do aluno na etapa da vida escolar, até mesmo para que o aluno defina um profissão a seguir, seria com o acompanhamento de psicólogos, assistentes sociais presente nas escolas dando suporte aos professores durante o processo de formação do aluno. Eu acredito que o aluno chegaria em uma faculdade com mais conteúdo, mais preparado e se tornaria um profissional mais competente, o que o país ganaria muito.
Delci liberti - Franca - SP
3 opiniões
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