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27/06/2002
-
11h06
da Folha de S.Paulo
Em 1800, Alessandro Volta, físico italiano, escreveu uma carta à Royal Society em Londres, em que descrevia com entusiasmo sua descoberta. Nesse relato, afirmava que, na montagem de um certo número de pares de discos metálicos, bons condutores de eletricidade, como prata e zinco, intercalados com camadas de cartão ou couro umedecidos, de preferência com água salgada ou uma solução alcalina, ocorria a geração de eletricidade. Cada par de discos, chamado de pilha, produzia uma diferença de potencial de 1,5 volt.
Em 1870, o francês George Leclanchè fabricou a primeira pilha seca, que é precursora das modernas pilhas comuns, de uso tão diversificado. Essa pilha é formada de uma capa externa de metal ou papelão, que a protege da atmosfera. Em sua parte interna, há um cilindro de zinco, o pólo negativo, e, no centro, há um bastão de grafite (carbono) que funciona como pólo positivo. Essas pilhas não funcionam totalmente "a seco", pois entre o zinco e o bastão de grafite é colocada uma pasta úmida, denominada eletrólito, em que ocorrem as reações químicas.
Essas pilhas utilizadas em lanternas, rádios portáteis, brinquedos etc. não podem ser recarregadas, pois a reação química global não é reversível e seu uso contínuo pode provocar vazamentos da pasta úmida, alterando ou até mesmo estragando os equipamentos.
Alguns aparelhos elétricos exigem uma diferença de potencial mais elevada. Com esse propósito, devemos associar as pilhas em série, ou seja, o pólo negativo da pilha 1 deve ser ligado ao pólo positivo da pilha 2; o pólo negativo da pilha 2 deve ser associado ao pólo positivo da pilha 3 e assim sucessivamente.
Somente 200 anos se passaram da descoberta do físico Alessandro Volta até a realidade dos automóveis com motores elétricos, que utilizam baterias com capacidade de armazenarem grandes quantidades de carga e que podem ser recarregadas facilmente, assim como as baterias de telefones celulares.
Tarso Paulo Rodrigues é professor e coordenador de física do Colégio Augusto Laranja
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Física: Pilhas, baterias e carros elétricos
TARSO PAULO RODRIGUESda Folha de S.Paulo
Em 1800, Alessandro Volta, físico italiano, escreveu uma carta à Royal Society em Londres, em que descrevia com entusiasmo sua descoberta. Nesse relato, afirmava que, na montagem de um certo número de pares de discos metálicos, bons condutores de eletricidade, como prata e zinco, intercalados com camadas de cartão ou couro umedecidos, de preferência com água salgada ou uma solução alcalina, ocorria a geração de eletricidade. Cada par de discos, chamado de pilha, produzia uma diferença de potencial de 1,5 volt.
Em 1870, o francês George Leclanchè fabricou a primeira pilha seca, que é precursora das modernas pilhas comuns, de uso tão diversificado. Essa pilha é formada de uma capa externa de metal ou papelão, que a protege da atmosfera. Em sua parte interna, há um cilindro de zinco, o pólo negativo, e, no centro, há um bastão de grafite (carbono) que funciona como pólo positivo. Essas pilhas não funcionam totalmente "a seco", pois entre o zinco e o bastão de grafite é colocada uma pasta úmida, denominada eletrólito, em que ocorrem as reações químicas.
Essas pilhas utilizadas em lanternas, rádios portáteis, brinquedos etc. não podem ser recarregadas, pois a reação química global não é reversível e seu uso contínuo pode provocar vazamentos da pasta úmida, alterando ou até mesmo estragando os equipamentos.
Alguns aparelhos elétricos exigem uma diferença de potencial mais elevada. Com esse propósito, devemos associar as pilhas em série, ou seja, o pólo negativo da pilha 1 deve ser ligado ao pólo positivo da pilha 2; o pólo negativo da pilha 2 deve ser associado ao pólo positivo da pilha 3 e assim sucessivamente.
Somente 200 anos se passaram da descoberta do físico Alessandro Volta até a realidade dos automóveis com motores elétricos, que utilizam baterias com capacidade de armazenarem grandes quantidades de carga e que podem ser recarregadas facilmente, assim como as baterias de telefones celulares.
Tarso Paulo Rodrigues é professor e coordenador de física do Colégio Augusto Laranja
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