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27/06/2002 - 11h21

História: A formação das monarquias absolutas na Europa

CLAUDIO B. RECCO
da Folha de S.Paulo

A Idade Moderna viu o nascimento dos Estados absolutistas. Foi o surgimento do absolutismo que definiu a nova organização do Estado na Europa, superando as monarquias feudais.

Apesar de o processo ter apresentado peculiaridades significativas em cada país, podemos perceber que, apenas com o absolutismo, o sistema legal e jurídico foi imposto a todos os membros da sociedade, assim como, foi nesse momento que a arrecadação de impostos, o Exército e a burocracia conseguiram se impor, representando o Estado.

Esse Estado foi responsável pela dissolução dos vínculos feudais e dos poderes local e regional, ao mesmo tempo em que eliminou a autonomia que muitas cidades haviam conquistado e preservado durante a Baixa Idade Média. Além disso, conseguiu submeter o poder secular, eliminando o poder temporal das igrejas e as utilizando como justificativa para o poder absoluto dos reis.

Ao longo da história da humanidade, os Estados se formaram no momento em que certos grupos sociais obtiveram o poder e organizaram as instituições necessárias para preservá-lo, considerando os interesses econômicos e o poder de influência de outras instituições.

Com o Estado absolutista, encontramos um conjunto de influências, de classes ou de grupos diferenciados, que contribuíram direta ou indiretamente para a consolidação do sistema capitalista. Dessa maneira, a burguesia, camada que estava em ascensão e que não participava diretamente da administração do Estado, foi beneficiada ao receber monopólios, enquanto os grupos que perderam o poder _a nobreza e o clero_ passaram a controlar a burocracia e a estrutura militar.

Apesar de diferentes quanto à origem, à formação e às características culturais, os três grupos que sustentaram o absolutismo eram favorecidos pela economia mercantil e dessa maneira formaram um Estado típico que, em cada país, teve características próprias, independentemente de congregarem ou não elementos da mesma nacionalidade. Nesse sentido, percebe-se que o Estado moderno representou um momento de transição, em que a burguesia mesmo não sendo uma classe hegemônica, criou as condições para a consolidação do capitalismo.

Dica: compare as principais características da monarquia absoluta com a monarquia feudal que a precedeu.

Claudio B. Recco é coordenador do site www.historianet.com.br, professor do Objetivo e autor do livro "História em Manchete - Na Virada do Século"

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