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04/07/2002 - 09h05

Trabalho pode estimular a decisão por curso superior

LUIS RENATO STRAUSS
da Folha de S.Paulo

A oportunidade de cursar uma faculdade não se encerra assim que se entra no mercado de trabalho. Pelo contrário, os números dos últimos vestibulares apontam que, apesar de algumas pessoas manterem uma atividade remunerada por período integral, buscam cursos de graduação.

No último processo seletivo da USP, 15% dos candidatos exerciam uma profissão. Nas inscrições, eles representaram 10% dos que foram chamados para a matrícula. Na Unicamp, eram 11,5% dos vestibulandos e a mesma porcentagem de inscritos. Na Unesp, 15% daqueles que fizeram as provas e 13% dos matriculados.

Na rede privada, o ingresso dos que trabalham é maior. "Pela maior oferta de vagas, as universidades particulares permitem que mais profissionais entrem no ensino superior", afirma Mariana de Alencar, diretora de marketing da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo). Cerca de 80% dos alunos que ingressam na instituição exercem uma profissão.

Para Cristiane Gonçalves, gerente da empresa de assessoria em recursos humanos KPMG, o profissional deve procurar um curso de graduação quando tiver interesse ou necessidade de possuir uma formação específica. "Alguém que procurar um MBA, por exemplo, terá noções abrangentes ou apenas uma parcela dos assuntos estudados. No entanto, se fizer um curso superior, como o de direito, conhecerá os detalhes que envolvem o tema."

Segundo Cristiane, quem precisa de um registro específico para atuar em uma profissão deve procurar uma universidade. "É comum encontrar empresas de auditoria, por exemplo, que contratam pessoas de outras áreas. Mas, para elas atuarem em todos os ramos da profissão, precisam de um certificado do Conselho Regional de Contabilidade", afirma.

"O profissional deve pesar a influência que um curso exercerá sobre a sua profissão. Se uma pessoa é formada em economia e trabalha com atendimento ao cliente, um curso de psicologia pode melhorar o seu serviço. Ele oferece outras perspectivas de atuação", diz Thomas Case, fundador do Grupo Catho, companhia de recursos humanos.

Para ele, cursos como os seqüenciais, os técnicos e os de aperfeiçoamento devem ser procurados caso o trabalhador tenha um plano de carreira definido, precise de atualização ou de um conhecimento objetivo de um determinado assunto.

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