Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/07/2002 - 09h31

Matrículas no período noturno cresceram 75% na última década

da Folha de S.Paulo

A boa notícia para quem trabalha durante o dia e pretende estudar à noite é que o número de vagas nos cursos noturnos vem crescendo com mais rapidez do que os diurnos.

Segundo o censo escolar do Ministério da Educação, o número de matrículas no período da noite entre 1991 e 2000 aumentou de 862 mil para 1,51 milhão, uma expansão de 75%. Nesse período, a quantidade de cadeiras do ensino diurno cresceu 68%, de 703 mil para 1,18 milhão.

O maior aumento relativo do número de inscritos na universidade nos cursos da noite foi verificado no Norte (veja quadro ao lado). A soma de matrículas saltou 200%, de 15,8 mil para 47,4 mil. O Sudeste ficou com o menor crescimento (56,7%), de 541,9 mil matrículas para 846,4 mil.

Para Mario Sergio Cortella, professor de pós-graduação em educação e currículo da PUC-SP, o aumento do número de matrículas nos cursos noturnos está ligado ao aumento do número de pessoas que concluem o segundo grau. Segundo o censo escolar de 2000, em 1994 saíram das escolas 915 mil alunos, em 1999 já era 1,56 milhão de alunos.

Ele aponta que, nesse mesmo período, as vagas das faculdades privadas se multiplicaram, enquanto as das públicas pouco avançaram. "Quem está se formando agora são pessoas que não tinham acesso à escola anteriormente. Para continuarem a sua educação, precisam trabalhar durante o dia para pagar a mensalidade de uma universidade."

O aumento do custo de vida e a redução do rendimento da classe média nos últimos anos também contribuíram para a maior procura por aulas noturnas, segundo Dulce Andreatta Whitaker, 68, professora da pós-graduação em sociologia da educação da Unesp. "Os filhos da nova geração são obrigados a entrar mais cedo no mercado de trabalho para ajudar no orçamento familiar."

"A universidade tem-se adaptado às exigências do mercado", diz Wlaudimir Carbone, coordenador da comissão de vestibular do Mackenzie. Segundo ele, a instituição alterou a oferta de cursos noturnos conforme pesquisas que mostraram essa necessidade.

Segundo a universidade, a maior demanda por cursos de ciências contábeis, desenho industrial, filosofia e teologia na instituição era de pessoas que trabalhavam e possuíam tempo livre no período da noite. Em razão disso, esses cursos passaram a ser oferecidos apenas à noite.

Leia mais:

  • Programas de empresas incentivam funcionários a estudar

  • "Quando estou no ônibus, aproveito para estudar"

  • Trabalho pode estimular a decisão por curso superior




  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página