Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/09/2003 - 07h46

Saiba como funciona a ciência do "cortar e "colar"

Publicidade

da Folha de S.Paulo

Para obter novas características ou acentuar algumas já existentes, como resistência a insetos ou melhorias nutricionais, a estrutura genética da planta é modificada em laboratório de uma maneira que não ocorreria naturalmente. Até entre espécies diferentes, a engenharia genética possibilita a transferência de genes --presentes no núcleo da célula-- de um organismo para outro.

O genoma --ou coleção de genes-- é responsável por que uma espécie continue se reproduzindo com as mesmas características estruturais. Por essa razão, todos os 6 bilhões de seres humanos do planeta, mesmo com tantas variações de estatura ou de cor, por exemplo, continuam pertencendo à espécie Homo sapiens.

Desde a década de 70, com a descoberta da recombinação de trechos do genoma, é possível "cortar" um pedaço de DNA e "colá-lo" em outra molécula de DNA de qualquer organismo, permitindo ao "intruso" produzir substâncias antes impossíveis de serem fabricadas pelo hospedeiro. Daí o conceito de organismos geneticamente modificados.

Se imaginarmos que o DNA é uma molécula com a forma de uma escada em caracol --ou hélice dupla--, os degraus são os chamados pares de bases. Em cada degrau, há duas bases --adenina (A) e timina (T) e citosina (C) e guanina (G)--, as quais só se combinam entre si.

Para completar a transferência de genes, ou transgenia, um trecho da hélice é rompido, e as bases são desligadas. Transfere-se então uma sequência de outro organismo que seja compatível com a combinação, já que somente A se liga com T, e C com G.

Em tese, podem-se fazer combinações de DNAs diversos. A primeira experiência de recombinação de trechos de DNA, em 1973, foi feita com a inclusão de genes de sapo em uma bactéria. Contudo somente dez anos mais tarde foi criada a primeira planta transgênica: uma linhagem de tabaco resistente a antibióticos.

Gerações

Os alimentos cuja estrutura é modificada para atender às necessidades dos agricultores, como aumentar a sua resistência a herbicidas e a insetos, por exemplo, não fornecendo benefícios diretos ao consumidor final, são chamados de transgênicos de primeira geração.

Já aqueles que são alterados para conceder aumento de propriedades nutricionais ao consumidor, como alface que funcionaria como vacina contra a leishmaniose, são chamados transgênicos de segunda geração.

Leia mais
  • Ciência absolve os alimentos transgênicos
  • Estados Unidos são produtor campeão de transgênicos
  • Veja quais são as novidades sobre os transgênicos
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página