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11/07/2004
-
06h55
da Folha de S.Paulo
"Quero que fique bem claro que bater não é espancar, há limites", afirma a psicóloga Vilma Cristina Gomes de Andrade, 42, que trabalha para 17 escolas adventistas da zona sul de São Paulo e é a favor da palmada educativa.
A rede adventista tem 1,2 milhão alunos no mundo, 123 mil no Brasil e 10 mil na zona sul. Para Andrade, a correção pela palmada só pode ser feita depois que o filho sabe exatamente os motivos, de preferência no banheiro e nunca na frente dos outros.
Folha - Bater nos filhos é uma maneira de educar?
Vilma Cristina Gomes de Andrade - Bater não educa ninguém. O profeta Salomão diz, em provérbios, que em alguns momentos nós devemos "fustigar" o menino com a vara. Acontece que essa interpretação tem sido feita de forma errônea. Fustigar não quer dizer agredir, espancar, machucar. Nós orientamos a criança, dizemos que aquilo não deve ser feito por algum motivo. Ela tem a oportunidade de escolher. Mas algumas crianças não têm maturidade suficiente, então palmadas no bumbum são aceitas.
Folha - Por que a maioria dos psicólogos não concorda?
Andrade - Não concordam porque, às vezes, os pais não conversaram com os filhos antes e estão irados. Irados perdemos o limite.
Folha - Qual seria o limite entre educação e violência?
Andrade - Muitas vezes a pessoa confunde limite com agressividade. Limite é dar um espaço tranqüilo e saudável para a criança se desenvolver, dentro de certas normas, sempre mostrando que quebrar as normas traz conseqüências. Para que a vida mais tarde não traga conseqüências muitas vezes irreparáveis, os pais ensinam com palmadas.
Folha - A criança não se sente humilhada com palmadas?
Andrade - A criança nunca deve ser corrigida na frente de outras pessoas. Aconselho o banheiro, que é o lugar onde você deixa as coisas ruins do seu corpo, onde joga fora o que não quer.
Folha - Qual o lugar mais recomendado para palmadas?
Andrade - Normalmente no bumbum, nunca com a mão, porque a mão que afaga não pode ser a mão que pune. O chinelo faz muito efeito ou uma varinha.
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"Bater não é espancar; tem de haver limites"
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"Quero que fique bem claro que bater não é espancar, há limites", afirma a psicóloga Vilma Cristina Gomes de Andrade, 42, que trabalha para 17 escolas adventistas da zona sul de São Paulo e é a favor da palmada educativa.
A rede adventista tem 1,2 milhão alunos no mundo, 123 mil no Brasil e 10 mil na zona sul. Para Andrade, a correção pela palmada só pode ser feita depois que o filho sabe exatamente os motivos, de preferência no banheiro e nunca na frente dos outros.
Folha - Bater nos filhos é uma maneira de educar?
Vilma Cristina Gomes de Andrade - Bater não educa ninguém. O profeta Salomão diz, em provérbios, que em alguns momentos nós devemos "fustigar" o menino com a vara. Acontece que essa interpretação tem sido feita de forma errônea. Fustigar não quer dizer agredir, espancar, machucar. Nós orientamos a criança, dizemos que aquilo não deve ser feito por algum motivo. Ela tem a oportunidade de escolher. Mas algumas crianças não têm maturidade suficiente, então palmadas no bumbum são aceitas.
Folha - Por que a maioria dos psicólogos não concorda?
Andrade - Não concordam porque, às vezes, os pais não conversaram com os filhos antes e estão irados. Irados perdemos o limite.
Folha - Qual seria o limite entre educação e violência?
Andrade - Muitas vezes a pessoa confunde limite com agressividade. Limite é dar um espaço tranqüilo e saudável para a criança se desenvolver, dentro de certas normas, sempre mostrando que quebrar as normas traz conseqüências. Para que a vida mais tarde não traga conseqüências muitas vezes irreparáveis, os pais ensinam com palmadas.
Folha - A criança não se sente humilhada com palmadas?
Andrade - A criança nunca deve ser corrigida na frente de outras pessoas. Aconselho o banheiro, que é o lugar onde você deixa as coisas ruins do seu corpo, onde joga fora o que não quer.
Folha - Qual o lugar mais recomendado para palmadas?
Andrade - Normalmente no bumbum, nunca com a mão, porque a mão que afaga não pode ser a mão que pune. O chinelo faz muito efeito ou uma varinha.
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