Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/05/2005 - 12h07

Menopausa pode desencadear ou piorar sintomas da incontinência

Publicidade

FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S. Paulo

A incontinência urinária não atinge apenas as mulheres: os homens também podem sofrer com ela, principalmente os de idade mais avançada e os que tenham passado por cirurgias como a prostatectomia radical (retirada total da próstata). No entanto, o organismo da mulher é muito mais susceptível ao problema.

"O mecanismo de resistência uretral é mais frágil na mulher. Isso porque a musculatura e os componentes do esfíncter são mais fracos. Anatomicamente, elas são mais propensas a ter incontinência urinária.", afirma o urologista e especialista em uroginecologia Rogério Simonetti Alves, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Com a chegada da menopausa, a falta de estrógeno pode desencadear ou piorar os sintomas. "Vários dos elementos que são responsáveis pela continência, como os ligamentos e a própria vascularização do assoalho pélvico, são estrógeno-dependentes. Quando a mulher entra na menopausa, essas estruturas se ressentem", explica a endocrinologista Dolores Pardini, chefe do ambulatório de endocrinoclimatério da Unifesp.

Quem fuma ou está acima do peso e mulheres que tiveram parto normal também têm mais chance de ter o problema. "A própria gravidez pode causar a incontinência, pois provoca sobrecarga sobre o períneo", diz a ginecologista e especialista em uroginecologia Miriam Waligora, do hospital Albert Einstein.

Foi o que aconteceu com a estudante de fisioterapia Marilene da Silva Aguiar, 29. Grávida de sete meses, ela começou a ter incontinência urinária aos três meses de gestação. "Peguei uma gripe muito forte e, cada vez que eu espirrava, perdia urina." Marilene melhorou com exercícios de fisioterapia. "É uma sensação muito desagradável. Ficava com medo de que acontecesse na sala de aula. Às vezes, usava uma proteção porque não queria passar por uma situação constrangedora."

A fisioterapeuta Miriam Raquel Diniz Zanetti, que acompanha um grupo de gestantes no Departamento de Obstetrícia Fisiológica da Unifesp, diz que a sobrecarga no assoalho pélvico e a diminuição do seu tônus e da sua força muscular ocorrem, em média, da 20ª semana gestacional até seis semanas após o parto. "No pré-natal de gestantes adolescentes, em que realizamos um trabalho psicoprofilático multidisciplinar na Unifesp, observamos que a incontinência urinária é uma queixa muito comum", diz.

De 130 gestantes entrevistadas entre 2001 e 2002 pela pesquisa, 43% disseram que haviam apresentado pelo menos um episódio de perda de urina durante a gravidez.

Leia mais
  • Novos tratamentos podem trazer alívio para incontinência urinária
  • Incontinência não traz problemas à saúde, mas afeta auto-estima
  • Veja os tipos mais comuns de incontinência e os novos tratamentos
  • Atletas são os que mais sofrem com incontinência

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre incontinência urinária
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página