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23/06/2005 - 09h55

Hospital mantém pista de cooper e passeios culturais

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ANA PAULA DE OLIVEIRA
FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S.Paulo

Com o conceito de que, para uma melhor reabilitação, o paciente precisa sair de seu quarto, o Hospital Sírio-Libanês mantém até uma pista de cooper. Há também um centro de medicina esportiva em que é possível ao acompanhante do paciente se exercitar. "Quando não tem entretenimento, a pessoa se torna uma péssima acompanhante", diz Marcia Caselato, gerente de hotelaria do local. Entre outras opções de lazer, o hospital oferece passeios culturais.

No saguão, é possível observar a luz natural vinda do solário --às quintas, ao final da tarde, um pianista faz as honras do hospital. Para quem chega, a recepção é como a de um hotel de alto padrão: há um concierge e um bellboy, que carrega as malas do paciente até o quarto. São duas suítes "cinco estrelas" por andar, cada uma com frigobar, TV, DVD, livros e revistas. Além do preço (a suíte "presidencial" custa R$ 993,41 por dia, a básica, R$ 685,21), a diferença fica por conta do espaço e do conforto.

As refeições são elaboradas por dois chefs --em 2003, a cozinha do hospital ganhou o prêmio Nestlé Hospital Gourmet.

No hospital Albert Einstein, o cardápio também é preparado por uma chef de cozinha. Outro serviço oferecido pelo Einstein atende "pedidos especiais" --uma paciente que quer um serviço de beleza ou uma criança internada que deseja ver seu cachorro, por exemplo. Três vezes por semana, há um happy hour com pianista, contrabaixista e guitarrista.

Na ala infantil, uma brinquedoteca ajuda a distrair os pacientes mirins. Além dos brinquedos coloridos, há oficinas diárias de arte. Na maternidade, há o Chá das Avós, que reúne as mães das pacientes com a equipe de enfermagem. No setor de geriatria, os quartos foram adaptados para esse público: as cores são pouco reflexivas para evitar confusão sensorial, o piso reduz o impacto no caso de quedas, a cama se transforma em poltrona e há barras ao longo das paredes.

HC ou Einstein?

Segundo Milton Glezer, do HC e do Einstein, os melhores profissionais de hospitais públicos como HC ou Hospital São Paulo também participam do corpo clínico dos hospitais mais caros de São Paulo. Não é aí, portanto, que reside a diferença. "Mas, se a pessoa quiser um bom serviço de hotelaria, vai para o Einstein." Segundo ele, a busca pelo luxo é cultural em nosso país. "Se um executivo está acostumado com o luxo, é provável que ele também vá querer essa suntuosidade quando estiver doente." Ele conta que, em outros países, "hospital é hospital, e não um hotel cinco estrelas. Quando precisam ir a hospitais daqui, muitos estrangeiros se espantam até com o fato de ter telefone e TV no quarto".

O médico lembra que o luxo de um consultório não reflete o nível do profissional atrás da mesa. "Não se pode acreditar que uma clínica luxuosa terá o melhor profissional."

O arquiteto Lauro Michelin afirma que o ambiente desempenha papel importante para melhorar a qualidade de vida do paciente enquanto ele estiver doente e cita pesquisas na área de psicologia ambiental que mostram como a cor afeta o metabolismo.

"Várias pessoas foram colocadas olhando para uma superfície vermelha e tiveram sua pressão arterial e seus batimentos cardíacos medidos. Depois de um tempo, aquela contemplação provoca um estímulo que acelera os batimentos e a freqüência cardiorespiratória. Também está provado que alguns azuis tendem a diminuir a freqüência cardíaca e respiratória", diz.

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