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25/08/2005
-
12h04
TATIANA DINIZ
da Folha de S.Paulo
"Esse movimento é fantástico para o gerenciamento do estresse, mas a realidade é que nossa sociedade gratifica quem está ocupado todo o tempo. A idéia de que "quanto mais correr, melhor" é muito forte", analisa Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da Isma (International Stress Management Association), entidade internacional que estuda o estresse.
Uma pesquisa feita pela instituição com mil brasileiros economicamente ativos revelou que 30% deles sofriam da "doença da pressa", apresentando sintomas físicos (hipertensão e problemas cardiovasculares), emocionais (angústia) e comportamentais (abuso do álcool). "São pessoas que se tornam agressivas se o carro começa a andar mais devagar e que tendem a empregar a bebida como um "amortecedor" da pressão cotidiana", diz Rossi.
O estudo aponta que só 8% dos entrevistados se davam conta de que deveriam reduzir o ritmo de vida e estavam tomando ou já tinham tomado alguma providência para isso.
Outros 13% achavam que deveriam ir mais devagar, mas não sabiam como fazê-lo. "Como o modelo predominante é o de cultuar a velocidade, quem decide que precisa negociar horários no trabalho para ter mais tempo livre esbarra em resistência", observa Rossi.
Apesar disso, ela acredita que um reforço ao movimento pela desaceleração pode aparecer dentro das corporações. "As empresas já notaram que a margem de erro de quem faz tudo ao mesmo tempo é muito maior. Isso poderá valorizar o trabalho feito com calma", explica.
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da Folha de S.Paulo
"Esse movimento é fantástico para o gerenciamento do estresse, mas a realidade é que nossa sociedade gratifica quem está ocupado todo o tempo. A idéia de que "quanto mais correr, melhor" é muito forte", analisa Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da Isma (International Stress Management Association), entidade internacional que estuda o estresse.
Uma pesquisa feita pela instituição com mil brasileiros economicamente ativos revelou que 30% deles sofriam da "doença da pressa", apresentando sintomas físicos (hipertensão e problemas cardiovasculares), emocionais (angústia) e comportamentais (abuso do álcool). "São pessoas que se tornam agressivas se o carro começa a andar mais devagar e que tendem a empregar a bebida como um "amortecedor" da pressão cotidiana", diz Rossi.
O estudo aponta que só 8% dos entrevistados se davam conta de que deveriam reduzir o ritmo de vida e estavam tomando ou já tinham tomado alguma providência para isso.
Outros 13% achavam que deveriam ir mais devagar, mas não sabiam como fazê-lo. "Como o modelo predominante é o de cultuar a velocidade, quem decide que precisa negociar horários no trabalho para ter mais tempo livre esbarra em resistência", observa Rossi.
Apesar disso, ela acredita que um reforço ao movimento pela desaceleração pode aparecer dentro das corporações. "As empresas já notaram que a margem de erro de quem faz tudo ao mesmo tempo é muito maior. Isso poderá valorizar o trabalho feito com calma", explica.
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