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19/01/2003 - 11h25

André de Azevedo é vice-campeão do Dacar na categoria caminhões

da Folha de S.Paulo

André Azevedo, 42, conquistou a melhor colocação já obtida por um piloto brasileiro no rali Dacar, encerrado neste domingo, na cidade de Sharm El Sheikh, no Egito.

Dirigindo um Tatra ao lado dos tchecos Tomas Tomecek e Mira Martinec, Azevedo completou a competição em segundo lugar, 1h02min01s atrás do russo Vladimir Tchaguine, com um Kamaz.

A melhor colocação já obtida por pilotos brasileiros havia sido em 1999, quando o mesmo Azevedo completou o percurso na terceira posição na listagem geral.

"Nos últimos três anos, eu venho beliscando as melhores colocações no pódio. Acho que 2003 marcou o fim da nossa falta de sorte", declarou o piloto nascido em São José dos Campos (SP).

Na hora de subir no pódio, Azevedo, Tomecek e Martinec levaram bandeiras do Brasil e da República Tcheca e se emocionaram com o banho de champanhe.

"Este ano, eu tive boas vibrações dos faraós, ao contrário da maldição das pirâmides em 2000", declarou o piloto, que na edição daquele ano viu seu caminhão quebrar a 170 quilômetros da linha de chegada, o que acabou lhe custando a segunda colocação no rali.

Em 2001, Azevedo foi obrigado a abandonar o rali por causa de problemas em seu caminhão. Na edição do ano passado, completou o Dacar na décima colocação.

Neste ano, o piloto chegou a ganhar 2 dos 17 estágios do rali. Venceu o primeiro, entre as cidades francesas de Marselha e Narbonne. Depois voltou a vencer a décima etapa, realizada entre Sarir, na Líbia, e Siwa, no Egito.

Os outros três pilotos brasileiros que participaram da 25ª edição do rali Dacar também conseguiram completar a competição.

Jean Azevedo, 28, irmão de André, terminou na quinta colocação na classificação geral das motos, pilotando uma KTM 660. Entre as motos da categoria Production, o piloto ficou com a primeira posição pela segunda vez.

A dupla Klever Kolberg, 40, e Lourival Roldan, 43, terminou no 13º posto na classificação geral dos carros. Dirigindo um Mitsubishi Pajero Full, eles ainda foram os terceiros colocados na categoria Super Production Diesel.

Morte
A edição deste ano teve 8.552 quilômetros de percurso e foi disputada em 19 dias entre França, Espanha, Tunísia, Líbia e Egito.

O rali teve a participação de 162 motos, 130 carros e 51 caminhões. No final, apenas 91 motos, 68 carros e 27 caminhões conseguiram completar o rali conhecido como o mais perigoso do mundo.

O acidente mais grave aconteceu na décima etapa. O navegador francês Bruno Cauvy morreu depois que seu Toyota, pilotado por Daniel Nebot, capotou.

A dupla Johann Peter Reif e Arnaldo Nicoli também levou um susto. O caminhão que eles dirigiam explodiu depois de passar por cima de uma mina terrestre na fronteira da Líbia e do Egito. Eles não se feriram, mas a organização e as autoridades locais fizeram um corredor humano de soldados egípcios para indicar o caminho correto aos competidores.

Outro acidente grave aconteceu com Kenjiro Shinozuka e Thierry Zotti. O carro deles capotou, e Shinozuka, que agora passa bem, chegou a entrar em coma.

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