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São Paulo joga sob pressão contra o Cruzeiro pela Libertadores
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RODRIGO MATTOS
da Reportagem Local
Um histórico de eliminações seguidas na Libertadores contra brasileiros, um rival em melhor fase, um técnico vaiado pela torcida, um ataque falho, um desfalque de última hora.
O São Paulo é uma equipe sob pressão para a partida contra o Cruzeiro, nesta quarta-feira, no Mineirão, a primeira pelas quartas de final da Libertadores.
O time paulista chega ao confronto com o peso de quatro fracassos seguidos diante de brasileiros na principal competição sul-americana.
De 2006 a 2009, os são-paulinos viram suas chances de título acabarem no Internacional, no Grêmio, no Fluminense e no próprio Cruzeiro.
Os últimos resultados também não animam os torcedores da equipe do Morumbi. Foram dois empates sem gols com o Universitario e uma vitória magra (1 a 0) sobre o Once Caldas.
Resultado: o técnico Ricardo Gomes foi vaiado nas duas últimas partidas no Morumbi.
Os cruzeirenses fizeram seis gols contra o Nacional do Uruguai em dois triunfos. Empataram com o Colo-Colo, no Chile, ainda na primeira fase.
O desempenho dos dois ataques explica esses resultados. O time mineiro tem 18 gols na Libertadores, com média de 2,25. Ou seja, um gol a mais por partida do que os são-paulinos.
Para piorar, o setor mais sólido do time do Morumbi, a defesa, deverá ter sério desfalque. Por conta da morte da irmã, o zagueiro Miranda deve ficar de fora desta partida --seu provável substituto é Xandão.
Não é à toa que, durante esta semana, os jogadores e o técnico Ricardo Gomes sofreram uma avalanche de perguntas sobre vaias, problemas no time, pressão e favoritismo do rival.
"Ter medo não é o termo. A tradição do São Paulo é que quando não se classifica na Libertadores a pressão aumenta", explicou o Ricardo Gomes, sobre a possibilidade de ter o cargo ameaçado em caso de derrota. "A casa sempre foi assim. Exigência, pressão."
"Com certeza, o São Paulo é mais cobrado na Libertadores. Mas em 2005 éramos desacreditados e ganhamos", emendou Cicinho, que disse ser cobrado até pelos pais e a mulher.
A pressão e cobranças vêm da torcida e da diretoria. Os são-paulinos de arquibancada não gostam do estilo de jogo. Cartolas querem melhorar o ataque.
Isso fez com que o grupo criasse um discurso de autodefesa contra as críticas externas.
"[As vaias] Não são justas. Nesse momento, importante, alguém jogar contra só dificulta", reclamou Richarlyson.
"O que interessa é do portão para dentro. O Mano tirou o Corinthians da segunda divisão e agora é questionado. Funcionários já limparam [pichação no muro do CT] e vida que segue", justificou Alex Silva.
Mas, para a vida são-paulina de fato seguir, é preciso se classificar às semifinais da Libertadores. Ou a pressão externa entra portão adentro.
CRUZEIRO
Fábio; Jonathan, Gil, Thiago Heleno e Diego Renan; Fabrício (Fabinho), Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto; Thiago Ribeiro e Kléber. Técnico: Adílson Batista
SÃO PAULO
Rogério; Cicinho, Alex Silva, Xandão (André Luis) e Richarlyson (Junior César); Rodrigo Souto, Hernanes, Jorge Wagner e Marlos; Dagoberto e Fernandão. Técnico: Ricardo Gomes
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Horário: 21h50 (de Brasília)
Juiz: Oscar Ruiz
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