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20/06/2004
-
20h56
FÁBIO SEIXAS
da Folha de S.Paulo, em Indianápolis
Foram cem minutos que abalaram a história do Brasil na F-1. Nesse tempo, Michael Schumacher ultrapassou neste domingo à tarde o único brasileiro em uma equipe de ponta, Rubens Barrichello, venceu o GP dos EUA e igualou o número de vitórias dos três pilotos do país campeões mundiais.
Foi seu oitavo triunfo em nove GPs na temporada. E o 78ª da carreira, a soma do que obtiveram o bicampeão Emerson Fittipaldi (14) e os tricampeões Ayrton Senna (41) e Nelson Piquet (23).
Para Barrichello, o golpe foi duplo. Primeiro, porque não conseguiu segurar o alemão. Segundo, porque a manobra de Schumacher foi espetacular, com precisão de milésimos de segundo.
"Estou mais decepcionado do que nunca. Achei que tinha a vitória nas mãos. De certa forma, foi azar", declarou o brasileiro.
Saindo da ponta do grid pela primeira vez no ano, Barrichello manteve a posição na primeira volta, seguido pelo alemão e por Fernando Alonso, que saltou de nono para a terceiro. No pelotão do fundo, no entanto, Felipe Massa, Giorgio Pantano, Christian Klien e Gianmaria Bruni bateram, exigindo a entrada do safety-car.
Quando a corrida foi reiniciada, Schumacher deu seu show. Na reta principal, colocou a Ferrari por dentro e iniciou o ataque. Cruzou a linha de chegada exatos 13 milésimos de segundo atrás do companheiro --não poderia ultrapassá-lo antes daquele ponto. E então, o bote final.
Na primeira curva, o alemão já era líder em Indianápolis.
Schumacher começou então a impor um ritmo forte. Mas veio uma nova rodada de acidentes.
O primeiro susto foi de Alonso. Na nona volta, o pneu traseiro direito de seu Renault explodiu, jogando-o contra o muro. Uma volta depois, foi a vez de Ralf Schumacher arrebentar seu Williams, também com o pneu estourado.
Mais uma vez, o safety-car foi acionado. Os dois ferraristas foram para os boxes ao mesmo tempo, e o brasileiro teve que aguardar na fila para poder trocar pneus e reabastecer. Resultado: o alemão voltou à pista na liderança e Barrichello, apenas em sexto.
Foi como um reinício para o brasileiro, que precisou esperar seus adversários pararem nos boxes para reassumir o segundo lugar. Na 42ª volta, quando o alemão fez seu segundo pit, Barrichello assumiu a ponta e teve nove voltas para acelerar e abrir uma folga que o mantivesse na frente.
Abriu 22 segundos. Mas não foi o suficiente. Na 50ª volta, entrou nos boxes. Quando saiu, estava mais uma vez atrás do alemão.
A exemplo do que fez no Canadá, há uma semana, Barrichello até ameaçou um ataque, mas acabou recolhendo o carro e garantindo o segundo lugar. Takuma Sato, da BAR, foi o terceiro.
O GP encerrou a primeira metade do Mundial. Prazo que a Ferrari havia dado para liberar a disputa interna e decidir quem teria prioridade no resto do campeonato. O placar indica 8 a 0 para Schumacher. Alguma dúvida?
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da Folha de S.Paulo, em Indianápolis
Foram cem minutos que abalaram a história do Brasil na F-1. Nesse tempo, Michael Schumacher ultrapassou neste domingo à tarde o único brasileiro em uma equipe de ponta, Rubens Barrichello, venceu o GP dos EUA e igualou o número de vitórias dos três pilotos do país campeões mundiais.
Foi seu oitavo triunfo em nove GPs na temporada. E o 78ª da carreira, a soma do que obtiveram o bicampeão Emerson Fittipaldi (14) e os tricampeões Ayrton Senna (41) e Nelson Piquet (23).
Para Barrichello, o golpe foi duplo. Primeiro, porque não conseguiu segurar o alemão. Segundo, porque a manobra de Schumacher foi espetacular, com precisão de milésimos de segundo.
"Estou mais decepcionado do que nunca. Achei que tinha a vitória nas mãos. De certa forma, foi azar", declarou o brasileiro.
Saindo da ponta do grid pela primeira vez no ano, Barrichello manteve a posição na primeira volta, seguido pelo alemão e por Fernando Alonso, que saltou de nono para a terceiro. No pelotão do fundo, no entanto, Felipe Massa, Giorgio Pantano, Christian Klien e Gianmaria Bruni bateram, exigindo a entrada do safety-car.
Quando a corrida foi reiniciada, Schumacher deu seu show. Na reta principal, colocou a Ferrari por dentro e iniciou o ataque. Cruzou a linha de chegada exatos 13 milésimos de segundo atrás do companheiro --não poderia ultrapassá-lo antes daquele ponto. E então, o bote final.
Na primeira curva, o alemão já era líder em Indianápolis.
Schumacher começou então a impor um ritmo forte. Mas veio uma nova rodada de acidentes.
O primeiro susto foi de Alonso. Na nona volta, o pneu traseiro direito de seu Renault explodiu, jogando-o contra o muro. Uma volta depois, foi a vez de Ralf Schumacher arrebentar seu Williams, também com o pneu estourado.
Mais uma vez, o safety-car foi acionado. Os dois ferraristas foram para os boxes ao mesmo tempo, e o brasileiro teve que aguardar na fila para poder trocar pneus e reabastecer. Resultado: o alemão voltou à pista na liderança e Barrichello, apenas em sexto.
Foi como um reinício para o brasileiro, que precisou esperar seus adversários pararem nos boxes para reassumir o segundo lugar. Na 42ª volta, quando o alemão fez seu segundo pit, Barrichello assumiu a ponta e teve nove voltas para acelerar e abrir uma folga que o mantivesse na frente.
Abriu 22 segundos. Mas não foi o suficiente. Na 50ª volta, entrou nos boxes. Quando saiu, estava mais uma vez atrás do alemão.
A exemplo do que fez no Canadá, há uma semana, Barrichello até ameaçou um ataque, mas acabou recolhendo o carro e garantindo o segundo lugar. Takuma Sato, da BAR, foi o terceiro.
O GP encerrou a primeira metade do Mundial. Prazo que a Ferrari havia dado para liberar a disputa interna e decidir quem teria prioridade no resto do campeonato. O placar indica 8 a 0 para Schumacher. Alguma dúvida?
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