22/07/2004 - 11h02

Brasileiro vê evolução do taekwondo no país

FÁBIO FLEURY
da Folha Online

Nos últimos anos, os brasileiros vêm conquistando melhores resultados nas competições internacionais de taekwondo. Além de Diogo Silva, bronze no Mundial júnior de 1998 e no Pan de Santo Domingo-03 e campeão dos Jogos Sul-Americanos-03, a equipe brasileira que lutará em Atenas-04 tem como destaque Natália Falavigna, medalha de bronze no Mundial de 2001, disputado em Jeju, na Coréia do Sul.

Para Diogo Silva, a melhora nos resultados brasileiros se deve, principalmente, à inclusão do esporte na programação dos Jogos Olímpicos --foi em Sydney-2000 que o taekwondo se tornou um esporte olímpico. Em Seul-1988 e Barcelona-1992, foi disputado como exibição.

Na Austrália, o Brasil foi representado por Carmem Carolina Silva, que foi eliminada ainda na primeira rodada, após perder para a italiana Cristiana Corsi, por 5 a 2.

"Até janeiro, estava treinando junto com a Carmem. E ela sempre falou para aproveitar o momento [de exposição com a proximidade dos Jogos Olímpicos], já que esportes como o taekwondo não aparecem tanto em outras épocas. Vou tentar tirar o máximo desta Olimpíada. É a oportunidade para mostrar o meu valor", conta Diogo.

Segundo o atleta, a mudança se reflete até mesmo na preparação para as competições mais importantes. "Antigamente, o trabalho era a curto prazo, quando existia. Antes de Campeonatos Mundiais, por exemplo, treinávamos no máximo durante 30 dias, hoje temos concentrações e mais recursos para disputar torneios internacionais", conta Silva.

Entre os principais adversários que encontrará em Atenas, o brasileiro cita países que não costumam ser associados diretamente ao taekwondo, como Irã, China, Itália e Venezuela, além da tradicional Coréia do Sul, onde o esporte nasceu. "O taekwondo costuma ser popular em países onde acontecem guerras e conflitos, porque é usado muito para defesa pessoal."

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