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06/08/2004
-
11h01
FÁBIO FLEURY
da Folha Online
Os dois integrantes da equipe brasileira de pentatlo moderno que estará nos Jogos Olímpicos de Atenas, Samantha Harvey e Daniel Santos, representam dois pólos diferentes da modalidade. Samantha é a primeira pentatleta brasileira a competir em Olimpíadas. O tenente Santos representa a tradição militarista do pentatlo.
"O pentatlo moderno é uma jornada física e espiritual. Ao longo dos anos, de uma maneira gradual e constante, o atleta aperfeiçoa-se a cada evento. O crescimento é muito lento", afirma Samantha Harvey.
O pentatlo moderno é o único esporte que foi criado exclusivamente pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para o programa dos Jogos e, ao mesmo tempo, representa o esporte máximo das Olimpíadas da Antigüidade.
O pentatlo foi disputado pela primeira vez na 18ª Olimpíada da Grécia antiga, no ano 708 a.C., e o vencedor da modalidade era aclamado como o melhor atleta dos Jogos. As provas disputadas eram a corrida (200 m rasos), o arremesso de disco, o arremesso de dardo, o salto em distância e a luta livre.
O barão Pierre de Coubertin, criador dos Jogos Olímpicos modernos e do COI, foi quem teve a idéia de recriar o pentatlo, com novas provas e representando o ideal do atleta completo, com as provas de corrida, natação, equitação, tiro e esgrima.
Para escolher os esportes, Coubertin se inspirou na história de um tenente francês, integrante das tropas de Napoleão. Segundo a lenda, ele estava na frente de batalha e deveria atravessar o campo para entregar uma mensagem aos integrantes da retaguarda.
Primeiro, deram a ele um cavalo que ele nunca havia montado e que teve de dominar para conseguir avançar, além de uma pistola e uma espada. No meio do caminho, o cavalo foi atingido e morreu. A pé, o tenente avançou por entre seus inimigos usando primeiro a pistola para abatê-los e, depois, derrotando-os em combate com a espada. No final, precisou atravessar um rio a nado e correr pelo campo para entregar a mensagem.
A modalidade fez sua estréia nos Jogos Olímpicos de Estocolmo-1912, na Suécia, e, durante muitos anos, foi dominada por atletas militares. Um dos competidores mais famosos foi George Patton, dos EUA, que ficou em quinto lugar em 1912 e, três décadas depois, foi o general que liderou a vitoriosa invasão da Europa pelas tropas aliadas por meio do sul da Itália, durante a 2ª Guerra Mundial.
O primeiro atleta não-militar a conquistar a medalha de ouro no pentatlo moderno foi o sueco Lars Hall, que era marceneiro. O pentatleta foi campeão nos Jogos de Helsinque-1952 e Melbourne-1956. Até hoje, no entanto, a tradição militar no esporte é grande.
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Representantes do Brasil no pentatlo estão em "pólos diferentes"
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da Folha Online
Os dois integrantes da equipe brasileira de pentatlo moderno que estará nos Jogos Olímpicos de Atenas, Samantha Harvey e Daniel Santos, representam dois pólos diferentes da modalidade. Samantha é a primeira pentatleta brasileira a competir em Olimpíadas. O tenente Santos representa a tradição militarista do pentatlo.
"O pentatlo moderno é uma jornada física e espiritual. Ao longo dos anos, de uma maneira gradual e constante, o atleta aperfeiçoa-se a cada evento. O crescimento é muito lento", afirma Samantha Harvey.
O pentatlo moderno é o único esporte que foi criado exclusivamente pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para o programa dos Jogos e, ao mesmo tempo, representa o esporte máximo das Olimpíadas da Antigüidade.
O pentatlo foi disputado pela primeira vez na 18ª Olimpíada da Grécia antiga, no ano 708 a.C., e o vencedor da modalidade era aclamado como o melhor atleta dos Jogos. As provas disputadas eram a corrida (200 m rasos), o arremesso de disco, o arremesso de dardo, o salto em distância e a luta livre.
O barão Pierre de Coubertin, criador dos Jogos Olímpicos modernos e do COI, foi quem teve a idéia de recriar o pentatlo, com novas provas e representando o ideal do atleta completo, com as provas de corrida, natação, equitação, tiro e esgrima.
Para escolher os esportes, Coubertin se inspirou na história de um tenente francês, integrante das tropas de Napoleão. Segundo a lenda, ele estava na frente de batalha e deveria atravessar o campo para entregar uma mensagem aos integrantes da retaguarda.
Primeiro, deram a ele um cavalo que ele nunca havia montado e que teve de dominar para conseguir avançar, além de uma pistola e uma espada. No meio do caminho, o cavalo foi atingido e morreu. A pé, o tenente avançou por entre seus inimigos usando primeiro a pistola para abatê-los e, depois, derrotando-os em combate com a espada. No final, precisou atravessar um rio a nado e correr pelo campo para entregar a mensagem.
A modalidade fez sua estréia nos Jogos Olímpicos de Estocolmo-1912, na Suécia, e, durante muitos anos, foi dominada por atletas militares. Um dos competidores mais famosos foi George Patton, dos EUA, que ficou em quinto lugar em 1912 e, três décadas depois, foi o general que liderou a vitoriosa invasão da Europa pelas tropas aliadas por meio do sul da Itália, durante a 2ª Guerra Mundial.
O primeiro atleta não-militar a conquistar a medalha de ouro no pentatlo moderno foi o sueco Lars Hall, que era marceneiro. O pentatleta foi campeão nos Jogos de Helsinque-1952 e Melbourne-1956. Até hoje, no entanto, a tradição militar no esporte é grande.
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