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10/08/2004
-
09h10
MARCELO DIEGO
da Folha de S.Paulo, em Atenas
Ciúme, briga banal e paixão. A combinação desses fatores resultou em um caso que abalou a Grécia e eclipsou em parte o entusiasmo local em relação à Olimpíada.
Os fatos dessa história ainda não estão bem explicados e são quase que integralmente repassados pela polícia local. Contam o seguinte: a judoca Eleni Ioannou, 20, campeã nacional na categoria pesados (acima de 78 kg), teve no último sábado uma discussão com seu namorado, Giorgos Chrisostomides, 24.
Depois, caiu da sacada do apartamento que dividiam, numa presumida tentativa de suicídio. Foi internada em estado crítico.
Chrisostomides se sentiu culpado. Precisou receber atendimento médico. Ontem, pela manhã, se atirou da mesma sacada, do mesmo apartamento, no terceiro andar. Foi internado com diversas fraturas e corria risco de morte até o fechamento desta edição.
A polícia descreveu o ocorrido como um "caso de paixão" e aponta a trilha de tentativa de suicídio em ambos os casos.
Ioannou está na UTI, e seu estado de saúde era considerado crítico. Ela era apontada como uma das grandes esperanças de medalha para os gregos.
Yannis Papadoyiannakis, chefe da delegação olímpica grega, classificou os fatos de uma "grande tragédia". Após doar sangue para a judoca, disse esperar que o ânimo dos atletas não arrefeça. "Foi um dia triste para a Grécia."
Namorados desde a época de escola, os dois passaram a morar juntos um ano atrás, em um apartamento dos avós de Chrisostomides. Ele estava desempregado, segundo seus parentes. Seu último trabalho havia sido em uma oficina de automóveis. A polícia suspeita que ele utilizasse drogas.
Segundo vizinhos, o casal passava muito tempo junto no apartamento, em um bairro de classe média de Atenas. Gostavam de ouvir música em volume alto.
Ioannou estudava na Academia de Ginástica de Atenas e tinha só quatro anos de experiência. Iria disputar os Jogos pela primeira vez e deveria se juntar ao restante da equipe grega amanhã, na Vila.
No sábado, os namorados tiveram uma discussão, considerada pequena pelo primo de Chrisostomides, Paul Michaelides. "Começou com quem poderia brincar de paciência no computador", disse à agência Associated Press.
O conflito aumentou. Ioannou subiu na varanda de concreto do apartamento e caiu. Segundo disse ontem o técnico da judoca, Yiorgos Mountakis, a atleta sofria de problemas psicológicos. A polícia interrogou Chrisostomides e o liberou. Mas ele estava inconsolável, de acordo com relatos.
Segundo as agências de notícias, ele ficou deprimido com o ocorrido, sentindo-se culpado. Ontem, em um almoço com sua família, gritou "eu preciso encontrar Eleni" e correu em direção à sacada. Amigos e parentes tentaram pará-lo, mas não conseguiram.
A imprensa local diz que os dois discutiram recentemente porque ele não queria que a judoca fosse para a Vila.
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Caso de amor suicida abala Atenas e eclipsa entusiasmo por Jogos
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da Folha de S.Paulo, em Atenas
Ciúme, briga banal e paixão. A combinação desses fatores resultou em um caso que abalou a Grécia e eclipsou em parte o entusiasmo local em relação à Olimpíada.
Os fatos dessa história ainda não estão bem explicados e são quase que integralmente repassados pela polícia local. Contam o seguinte: a judoca Eleni Ioannou, 20, campeã nacional na categoria pesados (acima de 78 kg), teve no último sábado uma discussão com seu namorado, Giorgos Chrisostomides, 24.
Depois, caiu da sacada do apartamento que dividiam, numa presumida tentativa de suicídio. Foi internada em estado crítico.
Chrisostomides se sentiu culpado. Precisou receber atendimento médico. Ontem, pela manhã, se atirou da mesma sacada, do mesmo apartamento, no terceiro andar. Foi internado com diversas fraturas e corria risco de morte até o fechamento desta edição.
A polícia descreveu o ocorrido como um "caso de paixão" e aponta a trilha de tentativa de suicídio em ambos os casos.
Ioannou está na UTI, e seu estado de saúde era considerado crítico. Ela era apontada como uma das grandes esperanças de medalha para os gregos.
Yannis Papadoyiannakis, chefe da delegação olímpica grega, classificou os fatos de uma "grande tragédia". Após doar sangue para a judoca, disse esperar que o ânimo dos atletas não arrefeça. "Foi um dia triste para a Grécia."
Namorados desde a época de escola, os dois passaram a morar juntos um ano atrás, em um apartamento dos avós de Chrisostomides. Ele estava desempregado, segundo seus parentes. Seu último trabalho havia sido em uma oficina de automóveis. A polícia suspeita que ele utilizasse drogas.
Segundo vizinhos, o casal passava muito tempo junto no apartamento, em um bairro de classe média de Atenas. Gostavam de ouvir música em volume alto.
Ioannou estudava na Academia de Ginástica de Atenas e tinha só quatro anos de experiência. Iria disputar os Jogos pela primeira vez e deveria se juntar ao restante da equipe grega amanhã, na Vila.
No sábado, os namorados tiveram uma discussão, considerada pequena pelo primo de Chrisostomides, Paul Michaelides. "Começou com quem poderia brincar de paciência no computador", disse à agência Associated Press.
O conflito aumentou. Ioannou subiu na varanda de concreto do apartamento e caiu. Segundo disse ontem o técnico da judoca, Yiorgos Mountakis, a atleta sofria de problemas psicológicos. A polícia interrogou Chrisostomides e o liberou. Mas ele estava inconsolável, de acordo com relatos.
Segundo as agências de notícias, ele ficou deprimido com o ocorrido, sentindo-se culpado. Ontem, em um almoço com sua família, gritou "eu preciso encontrar Eleni" e correu em direção à sacada. Amigos e parentes tentaram pará-lo, mas não conseguiram.
A imprensa local diz que os dois discutiram recentemente porque ele não queria que a judoca fosse para a Vila.
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