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29/10/2004
-
10h11
SÉRGIO RANGEL
da Folha de S.Paulo, no Rio
O diretor técnico da CBF, Virgilio Elísio, marcou para quarta-feira, às 20h30, o reinício do jogo entre São Caetano e São Paulo, no Morumbi. Pelo ofício assinado ontem pelo dirigente, os atletas atuarão apenas 31 minutos, com os portões do estádio abertos.
A partida foi interrompida em 0 a 0 anteontem, aos 14min do segundo tempo, após o zagueiro Serginho ter sofrido uma parada cardiorrespiratória que resultou em sua morte.
Será permitida a entrada de um outro atleta no seu lugar, já que o clube do ABC não tinha feito todas substituições. O São Paulo é o terceiro no BR-04, e o São Caetano o quarto. Com um jogo a menos, ambos estão a quatro pontos do líder Santos.
Mesmo sem ter nenhum artigo previsto especificamente para o caso de morte de um atleta em campo nos códigos ou regulamento do futebol brasileiro, o dirigente disse que "por analogia" enquadrou a situação nos artigos 14 e 15 do Regulamento Geral das Competições Organizadas pela CBF.
"Este é um caso inédito na minha vida esportiva. Por isso, tivemos que tratar o assunto de uma maneira excepcional", declarou o dirigente da CBF, que decretou luto de sete dias.
O artigo 14 lista os casos em que um árbitro pode interromper um jogo, como falta de segurança e gramado ruim.
"Este caso é comparável a qualquer um dos citados no artigo pelo qual os clubes não têm culpa. Por isso, decidimos interpretar este caso assim", disse Elísio.
No inciso 1º do artigo 15, o texto diz que as partidas, "depois de iniciadas e que forem suspensas em definitivo até o término do 29º minuto do segundo tempo, serão completadas no dia seguinte, e, caso tais motivos persistirem, em data a ser marcada pela CBF, desde que nenhuma associação tenha dado causa à suspensão".
"Como seria impossível realizar esse jogo no dia seguinte por toda a comoção causada pela morte do atleta, decidimos marcar o jogo para a próxima quarta", disse o dirigente, que também cancelou o jogo de domingo do São Caetano contra o Paraná. A partida foi remarcada para 10 de novembro. O restante da rodada foi mantido.
O São Paulo prefere disputar uma nova partida inteira. "Eu sugeriria que houvesse um outro jogo, com outra história. Não gostaria de continuar essa", disse Marco Aurélio Cunha, superintendente do clube.
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O diretor técnico da CBF, Virgilio Elísio, marcou para quarta-feira, às 20h30, o reinício do jogo entre São Caetano e São Paulo, no Morumbi. Pelo ofício assinado ontem pelo dirigente, os atletas atuarão apenas 31 minutos, com os portões do estádio abertos.
A partida foi interrompida em 0 a 0 anteontem, aos 14min do segundo tempo, após o zagueiro Serginho ter sofrido uma parada cardiorrespiratória que resultou em sua morte.
Será permitida a entrada de um outro atleta no seu lugar, já que o clube do ABC não tinha feito todas substituições. O São Paulo é o terceiro no BR-04, e o São Caetano o quarto. Com um jogo a menos, ambos estão a quatro pontos do líder Santos.
Mesmo sem ter nenhum artigo previsto especificamente para o caso de morte de um atleta em campo nos códigos ou regulamento do futebol brasileiro, o dirigente disse que "por analogia" enquadrou a situação nos artigos 14 e 15 do Regulamento Geral das Competições Organizadas pela CBF.
"Este é um caso inédito na minha vida esportiva. Por isso, tivemos que tratar o assunto de uma maneira excepcional", declarou o dirigente da CBF, que decretou luto de sete dias.
O artigo 14 lista os casos em que um árbitro pode interromper um jogo, como falta de segurança e gramado ruim.
"Este caso é comparável a qualquer um dos citados no artigo pelo qual os clubes não têm culpa. Por isso, decidimos interpretar este caso assim", disse Elísio.
No inciso 1º do artigo 15, o texto diz que as partidas, "depois de iniciadas e que forem suspensas em definitivo até o término do 29º minuto do segundo tempo, serão completadas no dia seguinte, e, caso tais motivos persistirem, em data a ser marcada pela CBF, desde que nenhuma associação tenha dado causa à suspensão".
"Como seria impossível realizar esse jogo no dia seguinte por toda a comoção causada pela morte do atleta, decidimos marcar o jogo para a próxima quarta", disse o dirigente, que também cancelou o jogo de domingo do São Caetano contra o Paraná. A partida foi remarcada para 10 de novembro. O restante da rodada foi mantido.
O São Paulo prefere disputar uma nova partida inteira. "Eu sugeriria que houvesse um outro jogo, com outra história. Não gostaria de continuar essa", disse Marco Aurélio Cunha, superintendente do clube.
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