Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/11/2004 - 10h20

Viúva de Serginho quer prova do Incor de que zagueiro sabia dos riscos

Publicidade

KLEBER TOMAZ
da Folha Online

A viúva de Serginho, Helaine Cristina de Castro Cunha, 28, quer que o Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP) prove que o zagueiro do São Caetano e o médico do clube, Paulo Forte, foram avisados sobre o risco de morte que o atleta corria caso continuasse a jogar futebol.

Para isso, ela irá pedir nesta segunda-feira o prontuário médico de Serginho com os exames e laudos do atleta feitos pelo Incor, entre fevereiro e junho deste ano, que diagnosticaram cardiomiopatia hipertrófica assimétrica (doença em que o coração incha), no jogador e alertaram a incompatibilidade de sua saúde com a atividade profissional que exercia.

A família só aceitará a versão do Incor se vir documento assinado por Serginho. Caso contrário, prometem acionar o Incor na Justiça.

"Queremos algum documento assinado por Serginho, que comprove que ele recebeu o laudo do instituto dizendo que ele sabia que não poderia mais jogar. Se não tiver isso, vamos entrar com um processo por danos morais e financeiros contra o Incor", disse Luzio de Castro Nunes Filho, irmão de Helaine e procurador do zagueiro, no sábado.

Segundo Luzio, que se tornou o porta-voz de Helaine, ela acredita na versão do presidente do time do ABC, Nairo Ferreira de Souza e de Forte de que eles não foram avisados sobre o fato de Serginho ter sido considerado inapto para práticas esportivas.

De acordo com o advogado Marcelo Robalinho, um dos sócios responsáveis por administrar a carreira do jogador, o Incor teria a responsabilidade de notificar a família do problema de Serginho. "Em casos graves, o médico deve chamar a família e expor o problema", disse Robalinho.

O Incor se defende dizendo que o zagueiro não era seu paciente. O responsável médico por Serginho, segundo o instituto, era Paulo Forte, que também assinou o exame médico do atleta em janeiro que está no registro da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) atestando que o mesmo estava apto para praticar futebol.

Até o momento, só a Polícia teve acesso a estes documentos, que serviram como peça importante no inquérito que investiga se houve imprudência na escalação de Serginho, morte no dia 27 de outubro, após sofrer parada cardiorrespiratória durante jogo com o São Paulo, no Morumbi.

Com base no prontuário, o delegado Guaracy Moreira Filho, titular do 34º Distrito Policial, vai indiciar o presidente e o médico do clube por homicídio doloso (com intenção de matar).

Leia mais
  • Delegado decide indiciar São Caetano por homicídio doloso

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o zagueiro Serginho
  • Leia o que já foi publicado sobre o São Caetano
  • Leia mais notícias no especial do Brasileiro-2004
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página