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04/01/2005
-
09h30
MÁRVIO DOS ANJOS
EDUARDO OHATA
da Folha de S.Paulo
A edição 2005 da Copa São Paulo de Juniores, que começa nesta terça-feira, é talvez a mais cercada de cuidados com o jogador fora de campo. E a que mais o desgastará dentro.
O caso do zagueiro Serginho, que morreu num jogo do São Caetano no Brasileiro-04 devido a uma doença cardíaca, trouxe novas exigências. Essa será a primeira competição do futebol nacional com árbitros aptos a ministrar desfibriladores em caso de parada cardíaca em uma partida. Foram cedidos 22 aparelhos à FPF.
Resguarda a parte física por um lado, mas força por outro. A maior parte dos jogos da primeira fase começa entre 14h e 16h, no horário de verão --ou seja, provavelmente sob forte calor.
Para o presidente Marco Polo Del Nero, o horário das partidas não é problema. "Quem joga futebol sabe que, em jogos disputados no calor, o que pode acontecer é que o jogo fica mais lento, só que isso é para as duas equipes."
Recordado de que a última Corrida de São Silvestre teve muitos atletas que desmaiaram devido à temperatura, foi taxativo. "Deviam estar mal-preparados. Os clubes têm preparadores físicos para condicionar os atletas."
Do ponto de vista da Justiça do Trabalho, a 36ª edição da Copa SP também foi burocratizada. A liminar conseguida do Sapesp (Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo) em prol das férias de 30 dias obrigaria os clubes a não inscreverem os jovens que atuaram em equipes da Série A do Brasileiro, encerrado em 19 de dezembro. Tudo isso com vistas ao Paulista, começa em 19 de janeiro.
Casos como o do Corinthians, que estréia na quarta-feira contra o Juventus-AC. O atual campeão vai contar com oito jogadores que já tiveram passagens no time principal, entre eles o meia Bruno Octávio e o zagueiro Marcus Vinicius.
No entanto um acordo envolvendo Federação, clubes e o próprio sindicato acabou permitindo que esses atletas participem do torneio sem maiores chiadeiras.
Só que, para se tornar válido, o acordo ainda dependeria de uma homologação por parte de um juiz da 2º Vara do Trabalho, que só volta de seu recesso no próximo dia 7 --quando a competição já estará no seu terceiro dia.
"A vontade das partes é soberana", disse à época Del Nero, que também é advogado, dispensando a homologação.
Por outro lado, há aqueles que vivenciam a expectativas de que surjam novas promessas no celeiro que já revelou Toninho Cerezo, Marcelinho Carioca, Djalminha, Careca e Raí e mais recentemente, o ex-palmeirense Vágner Love. Um interesse que movimenta tanto clubes quanto empresários.
Não por acaso, o torneio atrai a atenção de empresas como o Grupo Pão de Açúcar, que em dezembro associou sua equipe de juniores ao tradicional Juventus de São Paulo, para dar visibilidade a seus jogadores. Criado no ano passado, o clube do conglomerado de Abílio Diniz, gerenciado por José Carlos Brunoro, se dedica apenas às categorias de base.
Para clubes em dificuldades de contratar reforços, como o Flamengo, a competição é estratégica para saber que jovens poderão ser utilizados ao longo de 2005.
"Como estamos em dificuldades financeiras, vamos aproveitar as divisões de base. Esses juniores que vão estar na Copa é que vão subir para o time principal", diz o presidente, Márcio Braga.
Dos grandes de São Paulo, só o Santos estréia nesta terça-feira. Pelo grupo B, enfrenta o Democrata-MG, às 19h, em Ribeirão Preto.
Fluminense x Vila Nova-GO, ao vivo, na ESPN Brasil, às 15h30
Santos x Democrata-MG, na Cultura, às 19h
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EDUARDO OHATA
da Folha de S.Paulo
A edição 2005 da Copa São Paulo de Juniores, que começa nesta terça-feira, é talvez a mais cercada de cuidados com o jogador fora de campo. E a que mais o desgastará dentro.
O caso do zagueiro Serginho, que morreu num jogo do São Caetano no Brasileiro-04 devido a uma doença cardíaca, trouxe novas exigências. Essa será a primeira competição do futebol nacional com árbitros aptos a ministrar desfibriladores em caso de parada cardíaca em uma partida. Foram cedidos 22 aparelhos à FPF.
Resguarda a parte física por um lado, mas força por outro. A maior parte dos jogos da primeira fase começa entre 14h e 16h, no horário de verão --ou seja, provavelmente sob forte calor.
Para o presidente Marco Polo Del Nero, o horário das partidas não é problema. "Quem joga futebol sabe que, em jogos disputados no calor, o que pode acontecer é que o jogo fica mais lento, só que isso é para as duas equipes."
Recordado de que a última Corrida de São Silvestre teve muitos atletas que desmaiaram devido à temperatura, foi taxativo. "Deviam estar mal-preparados. Os clubes têm preparadores físicos para condicionar os atletas."
Do ponto de vista da Justiça do Trabalho, a 36ª edição da Copa SP também foi burocratizada. A liminar conseguida do Sapesp (Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo) em prol das férias de 30 dias obrigaria os clubes a não inscreverem os jovens que atuaram em equipes da Série A do Brasileiro, encerrado em 19 de dezembro. Tudo isso com vistas ao Paulista, começa em 19 de janeiro.
Casos como o do Corinthians, que estréia na quarta-feira contra o Juventus-AC. O atual campeão vai contar com oito jogadores que já tiveram passagens no time principal, entre eles o meia Bruno Octávio e o zagueiro Marcus Vinicius.
No entanto um acordo envolvendo Federação, clubes e o próprio sindicato acabou permitindo que esses atletas participem do torneio sem maiores chiadeiras.
Só que, para se tornar válido, o acordo ainda dependeria de uma homologação por parte de um juiz da 2º Vara do Trabalho, que só volta de seu recesso no próximo dia 7 --quando a competição já estará no seu terceiro dia.
"A vontade das partes é soberana", disse à época Del Nero, que também é advogado, dispensando a homologação.
Por outro lado, há aqueles que vivenciam a expectativas de que surjam novas promessas no celeiro que já revelou Toninho Cerezo, Marcelinho Carioca, Djalminha, Careca e Raí e mais recentemente, o ex-palmeirense Vágner Love. Um interesse que movimenta tanto clubes quanto empresários.
Não por acaso, o torneio atrai a atenção de empresas como o Grupo Pão de Açúcar, que em dezembro associou sua equipe de juniores ao tradicional Juventus de São Paulo, para dar visibilidade a seus jogadores. Criado no ano passado, o clube do conglomerado de Abílio Diniz, gerenciado por José Carlos Brunoro, se dedica apenas às categorias de base.
Para clubes em dificuldades de contratar reforços, como o Flamengo, a competição é estratégica para saber que jovens poderão ser utilizados ao longo de 2005.
"Como estamos em dificuldades financeiras, vamos aproveitar as divisões de base. Esses juniores que vão estar na Copa é que vão subir para o time principal", diz o presidente, Márcio Braga.
Dos grandes de São Paulo, só o Santos estréia nesta terça-feira. Pelo grupo B, enfrenta o Democrata-MG, às 19h, em Ribeirão Preto.
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