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01/01/2006 - 09h00

Em 2005, peso da camisa fez a diferença em competições internacionais

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RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo

Diferentemente de 2004, quando o Once Caldas foi só uma das grandes surpresas vitoriosas no futebol internacional, 2005 fez valer o peso de tradicionais camisas.

O Liverpool virou pentacampeão europeu, e o São Paulo se transformou em tricampeão da América. Os dois confirmaram no revigorado Mundial de Clubes da Fifa o favoritismo e a força de Europa e América do Sul e decidiram o título da disputa que reuniu, pela primeira vez, os seis campeões continentais vigentes.

Assim, o time do Morumbi e os "Reds" passam a ser top 10 no Ranking Folha do Futebol Mundial. O primeiro clube brasileiro a ser tricampeão continental e mundial alcançou o alemão Bayern no oitavo lugar. Tem 560 pontos, 56% dos pontos do Real Madrid, o líder da lista histórica.

O Liverpool, que, além da vitória nos pênaltis sobre o Milan na Copa dos Campeões, ainda ganhou o título da Supercopa da Europa na temporada, alcançou o uruguaio Nacional na décima posição. Com 540 pontos, o mais vitorioso time inglês é o único dentre os 13 primeiros do ranking a não ostentar um título mundial --perdeu as três decisões intercontinentais que disputou.

Prova do peso das camisas de Liverpool e São Paulo foram dadas nas finais da Copa dos Campeões e da Libertadores de 2005.

O clube da terra dos Beatles conseguiu nos bastidores da épica final contra o Milan (o campeão perdia de 3 a 0 até o começo do segundo tempo) uma vitória mística: em todos os seus títulos da Copa dos Campeões, usou sua lendária camisa vermelha e enfrentou um time de branco. O Milan aceitou jogar de branco porque também confiava em uma escrita recente --ganhou as taças continentais de 1989, 1990, 1994 e 2003 com seu segundo uniforme.

Já o São Paulo, após superar os fortes Palmeiras, Tigres e River Plate, encontrou na decisão da Libertadores o conterrâneo Atlético-PR, que fez sua primeira aparição de destaque no cenário internacional. No jogo decisivo, uma goleada de 4 a 0 que igualou o maior placar de uma partida derradeira de Libertadores -Boca Juniors 4 x 0 Deportivo Cali em 1978.

Os são-paulinos agora só perdem em títulos do mais nobre torneio da América para Independiente, Boca e Peñarol.

Na final em dezembro no Japão, Liverpool e São Paulo jogaram com suas camisas principais. Os tricolores, que já haviam vencido o Mundial interclubes em 1992 e 1993 de branco, venceram: 1 a 0.

Nas semifinais, o Liverpool havia atropelado o Deportivo Saprissa, da Costa Rica, por 3 a 0, e o São Paulo havia vencido com sofrimento o saudita Al Ittihad.

O time da Concacaf, que é bancado pelo magnata mexicano Jorge Vergara, acabou ficando em terceiro lugar no Mundial de Clubes.

O Deportivo Saprissa também tem camisa forte em sua região --conseguiu em 2005 seu terceiro título continental. O mesmo pode ser dito do Al Ittihad, bicampeão asiático, e do Al Ahly.

O time egípcio, que ficou 55 jogos invicto em 2005, foi apontado como representante africano no último Mundial após vencer pela quarta vez a Copa dos Campeões da África.

Ele se igualou assim ao rival Zamalek e é o melhor não-europeu-americano no Ranking Folha do Futebol Mundial.
Outra prova de que a camisa fez a diferença foi dada pelo Boca Juniors, bicampeão da Copa Sul-Americana. O time argentino, que superou o mexicano Pumas, também ganhou a Recopa Sul-Americana em cima do Once Caldas.

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