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08/11/2007 - 01h11

Greve dos roteiristas dos EUA chega ao terceiro dia

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da Efe, em Washington

A greve de roteiristas de cinema e televisão dos Estados Unidos entrou em seu terceiro dia consecutivo, sem esperanças de um acordo próximo com as produtoras e num clima de incerteza sobre quando a negociação será retomada.

A disputa com as produtoras se concentra nos pagamentos derivados da venda de séries em DVD e downloads dos programas através da internet.

A Writers Guild of America (WGA, sindicato de autores) e a Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP, patronal) se acusam de falta de flexibilidade.

A série "The Office", da NBC, encerrou sua produção devido à presença entre os piquetes de Steve Carell, roteirista e astro do programa. Marc Cherry, criador da série "Desperate Housewives" anunciou que sua produção será interrompida nesta quinta-feira. "Sem nós, não há televisão. Ponto", disse.

Ontem, o sindicato esperava a adesão de 75 dos principais 'showrunners' do país.

Os "showrunners" são os chefes ou supervisores dos programas de televisão do país. Eles se manifestaram em frente aos estúdios da Disney e da rede de televisão americana ABC, em Burbank (Califórnia), segundo um comunicado da WGA.

As reivindicações do sindicato ganharam o apoio de atores como Julia Louis-Dreyfus e Steve Carell, além de Eva Longoria, estrela da série de televisão "Desperate Housewifes", e Sally Field --ganhadora do Oscar de 1979 por seu papel de sindicalista em "Norma Rae"--, que abandonou o set da série da ABC "Brothers and Sisters" para visitar aos grevistas.

"Este pode ser um campo muito lucrativo, mas também é incrivelmente inseguro para os artistas, roteiristas, atores e diretores", disse a atriz.

Michael Eisner, ex-presidente dos estúdios Disney, chamou de "estúpida" a situação de Hollywood.

"Vi greves burras e menos burras. Esta é estúpida e uma perda de tempo", afirmou Eisner durante uma conferência em Nova York, segundo o site do jornal "The Hollywood Reporter".

O ex-diretor da Disney considerou a decisão dos roteiristas de renunciar a seu salário atual em troca de "uma peça do futuro que nem existe ainda" era uma decisão "equivocada".

"O meio digital se transformará eventualmente no canal do futuro para a distribuição, mas ainda não", disse Eisner, dizendo que a greve teria mais sentido "dentro de três anos".

 

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