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01/09/2003 - 12h35

Com morte de Charles Bronson, cinema perde um de seus "durões"

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da France Presse, em Los Angeles

O ator americano Charles Bronson, um dos "durões" da história do cinema, morreu de pneumonia neste sábado, aos 81 anos, informou neste domingo seu porta-voz, Lori Jonas.

Segundo Jonas, o ator morreu no sábado à tarde no Centro Médico Cedars Sinai de Los Angeles, acompanhado da esposa, Kim Weeks, com quem se casou em 1998.

Reuters
O ator Charles Bronson em cena do filme "Assassino a Preço Fixo"
A saúde de Bronson, que sofria do Mal de Alzheimer, diagnosticado há dois anos, tinha se deteriorado muito nos últimos dias, o que o levou à hospitalização repetidas vezes.

"Tenho a aparência de uma pedreira, onde explodiu uma carga de dinamite", se autodescreveu, em uma das poucas entrevistas concedidas ao completar 80 anos.

Jonas não deu detalhes sobre o funeral e só disse que será celebrada uma cerimônia íntima.

Uma das maiores estrelas de filmes de ação dos anos 60 e 70, Charles Bronson era como os "durões" que encarnava nas telas: um homem de poucas palavras e com fama de impenetrável.

Festejado nos anos 70 como "ator mais popular" com um Globo de Ouro, Charles Bronson sempre se manteve distante de Hollywood, apesar de seu sucesso na meca do cinema.

Com seu rosto impassível e sólida presença, os anos 60 lhe proporcionariam a subida ao estrelato, ao protagonizar "Sete Homens e um Destino" (The Magnificent Seven, 1960) de John Sturges, "Robur, o Conquistador do Mundo" (Master of the World, 1961) de William Witney, e "Esta Mulher é Proibida" (This Property is Condemned, 1966), de Sydney Pollack.

Nascido Charles Buchinsky em 3 de novembro de 1921 na cidade de Ehrenfield (Pensilvânia, nordeste dos Estados Unidos), Bronson é descendente de uma numerosa família (de 15 irmãos) de origem lituana e seu destino parecia ser trabalhar nas minas, ocupação de seu pai e de seus familiares.

Este futuro profissional mudaria com seu ingresso no exército americano durante a Segunda Guerra Mundial. Uma vez terminado o conflito, Bronson decidiu fazer fortuna como ator. Ao final da década, incorporou-se ao Pasadena Playhouse de Los Angeles e em 1949 casou-se pela primeira vez com Harriet Tendler.

No filme "Sete Homens e um Destino", Bronson foi descoberto como herói do oeste. Dois anos depois, atuou junto com Elvis Presley em "Talhado para Campeão" (Kid Galahad, 1962).

Mas quando deixou Hollywood rumo à Europa, já avançado nos 40 anos, tornou-se estrela do cinema mundial.

Em entrevista concedida em 1971, tentou explicar porque sua jornada rumo ao estrelato havia sido tão longa: "Talvez (eu) seja muito masculino. Os diretores procuram atores seguindo sua própria imagem. Talvez (minha imagem) não corresponda ao ideal de ninguém", destacou.

O faroeste de Sergio Leone "Era uma Vez no Oeste" (C'Era una Volta Il West, 1969) fez dele um ator irresistível para o público e o mais bem pago dos anos 70.

Mas o maior sucesso de público de Bronson foi o controvertido thriller "Desejo de Matar" (Death Wish), em 1974. O filme, que fala sobre justiça com as próprias mãos, em que Bronson interpreta um homem que se torna um assassino por vingança depois de ter a esposa assassinada, rendeu até 1993 quatro seqüências.

Após o divórcio de Harriet, em 1967, Bronson conheceu a loira Jill Ireland nas filmagens de "Villa, o Caudilho" (Villa Rides, de 1968) com quem esteve casado até 1990, ano em que a atriz morreu de câncer de mama.

Bronson voltou a se casar em 1998 com Kim Weeks. Ele deixa seis filhos e dois netos.

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