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10/09/2003 - 22h59

Selton Mello é o Marco Nanini do futuro, diz Wagner Moura

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da Folha Online

Longe do set de filmagem, o Wagner Moura espectador acompanha a produção cinematográfica nacional e elogia atores como Selton Mello e Marco Nanini --o mocinho e o bandido, respectivamente, de "Lisbela e o Prisioneiro", de Guel Arraes.

O ator diz que Nanini, com quem trabalhou na peça "Os Solitários", de Felipe Hirsch, é um gênio e enxerga nele um Selton com o peso da experiência. "São esses atores que não erram", diz.

Em entrevista à Folha Online, o ator fala também sobre seus próximos projetos:

Folha Online - Nos seus momentos de lazer, você costuma ir ao teatro e ao cinema?
Moura -
Filmes nacionais eu vejo todos. Acabei de ver "Lisbela [e o Prisioneiro]" que tem um elenco... O Selton Mello é um ator que realmente... O Selton é o Nanini do futuro, eu acho.

Folha Online - Por quê?

Moura -
Porque o Selton é muito novo e sabe muito. Além de ser um ator talentosíssimo, ele domina muito bem a técnica de fazer tudo o que faz, televisão, cinema, teatro. Você vê que ele tem controle do que está fazendo, tem domínio. É bonito ver isso no ator. Acho que ele é Nanini do futuro porque o Nanini é o Selton...

Folha Online - Do passado?

Moura -
(risos) Não, é o Selton com o peso da experiência. Acho o Nanini um gênio e eu disse a ele isso uma vez. Fiz uma peça com ele ["Os Solitários"]. Tudo o que ele faz é fantástico. E o "Lisbela" tem o Nanini e o Selton, que são esses atores que não erram. Tem essa menina que eu estou encantadíssimo com ela, que é Débora Falabella. Essa menina é uma graça de atriz. Ela fez "Dois Perdidos Numa Noite Suja" que é um personagem pesado e ela faz essa Lisbela, que é uma menininha nordestina, uma gracinha, tímida e meiga.

Folha Online - Quais são seus próximos projetos?

Moura -
Vou fazer um programa na TV com direção do João [Falcão] no núcleo do Guel [Arraes]. O projeto do João é uma espécie de sitcom. Não posso falar muita coisa porque ainda é um projeto embrionário. Tem texto e direção do João e no elenco eu, Bruno Garcia, Lúcio Mauro Filho e Lázaro Ramos.

Folha Online - O mesmo grupo...

Moura -
A panela de pressão (risos). É um embrião do "Homem-Objeto" [exibido no "Fantástico"]. Aquela galera toda vai fazer participações. Será um programa semanal. O "Carga [Pesada]" eu termino de gravar na próxima semana. Fazer o "Carga" me dá um prazer muito grande também. Nem tanto pelo personagem que eu estou fazendo, mas por estar ali participando de um programa histórico da televisão, de uma coisa que eu acredito, com o [Antônio] Fagundes e o Stênio [Garcia]. Engraçado, geralmente eu escolho as coisas que eu quero fazer pelo personagem. O "Carga Pesada" eu quis fazer pelo programa. Adoro fazer o Pedrinho, mas quando me chamaram eu não sabia nem como era o personagem.

Folha Online - Tudo tem uma relação emocional na sua carreira?

Moura -
Tudo que eu faço tem uma relação emocional senão não tem tesão. Gosto de poder falar das coisas que faço desse jeito que eu falo sempre. Poder defender o que estou fazendo, dizer que é bacana, que é legal e que eu gosto de fazer. Não quero nunca estar num trabalho que eu não possa falar com prazer e abertamente dele.

Folha Online - No sitcom que você fará na Globo qual é a motivação?

Moura -
É um negócio de galera. Eu li o roteiro, mas ia topar de qualquer forma porque é impossível um programa com o Guel e o João não ser bom.

Folha Online - A participação de atores que são amigos seus influenciou?

Moura -
É galera isso. É a coisa que eu mais gosto de fazer. Trabalhar com gente que tem a ver com você, que pensa parecido. São todos meus amigos. É engraçado porque João é um catalisador. Ele é um satélite e ao redor dele tem uma galera que tem a ver com ele e, portanto, todo mundo tem a ver entre si.

Folha Online - E no teatro e no cinema, há novos projetos sendo desenvolvidos?

Moura -
Nada. Não tenho nada fechado. Foi convidado pelo Roberto Santucci [diretor de "Bellini e a Esfinge"] para fazer um filme que ele quer rodar no ano que vem, mas ainda está trabalhando no roteiro. Não é uma coisa que eu possa falar.

Teatro... Pois é, vou terminar esse ano sem fazer teatro. Eu sou um cara do teatro. Aliás, esse é o primeiro ano que eu atravesso sem fazer teatro desde que eu comecei, com 15 anos. O teatro é uma coisa que está em mim e não vou deixar de fazer nunca. Quando penso num ator, penso num cara no palco. É uma imagem imediata. Teatro é a minha casa e tenho uma relação muito parecida com a relação com a religiosidade. É uma coisa que me instiga e tem uma coisa muito misteriosa, inexplicável. É um imã para mim.

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