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02/04/2004
-
04h01
da Folha de S.Paulo
A reforma e reinauguração do Belas Artes pode ser o ponto zero de uma desejada e bem-vinda revitalização de uma região da cidade --a esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação-- que foi nobre e muito freqüentada até meados da década passada.
"Estamos dando o pontapé inicial para a revitalização do acesso subterrâneo das duas margens da Consolação, do bar Riviera, enfim, de todo esse pedaço", sonha o arquiteto Roberto Loeb, citando dois pontos importantes da área. "Queremos ver voltar à ativa os cinco, seis restaurantes que existiram."
Seu desejo tem um pé na realidade. No começo deste ano, Marta Suplicy sancionou um projeto de lei do vereador e arquiteto Nabil Bonduki, do mesmo partido da prefeita (PT), que pode ser o arcabouço legal da revitalização.
Pela nova lei, que ainda precisa ser regulamentada, os cinemas de rua e de galeria ganham isenção parcial do pagamento do ISS e total do IPTU, ambos tributos municipais. "A idéia é beneficiar não só o cinema como o seu entorno", disse à Folha Bonduki.
A contrapartida da sala é exibir longas nacionais durante dez dias a mais do que o exigido pela legislação federal, destinar 110% do valor da isenção em ingressos a alunos de escolas públicas, jovens, idosos e beneficiários de programas da prefeitura e promover atividades educativas relacionadas a obras cinematográficas.
Outras âncoras
As âncoras da revitalização são o Belas Artes, sua vizinha, a livraria Belas Artes, que mudou de mãos e foi reformada no ano passado, o venerando Sujinho - Bisteca d'Ouro, também conhecido como "Bar das Putas", que ganhou roupa nova e agora lembra barzinhos da Vila Madalena, a tradicional pizzaria Micheluccio, recém-repaginada, e o hotel Formule 1, da rede Accor, inaugurado também no ano passado e localizado a poucos metros do cinema.
O HSBC Belas Artes, aliás, fez acordo de estacionamento com o hotel, na Consolação, e com o terreno ao lado da livraria, na Paulista, tentando sanar uma velha reclamação dos freqüentadores das velhas salas, de falta de lugar seguro para parar o carro, que muitos urbanistas acreditam ter sido a fagulha que levou à migração dos espectadores para os shoppings.
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A reforma e reinauguração do Belas Artes pode ser o ponto zero de uma desejada e bem-vinda revitalização de uma região da cidade --a esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação-- que foi nobre e muito freqüentada até meados da década passada.
"Estamos dando o pontapé inicial para a revitalização do acesso subterrâneo das duas margens da Consolação, do bar Riviera, enfim, de todo esse pedaço", sonha o arquiteto Roberto Loeb, citando dois pontos importantes da área. "Queremos ver voltar à ativa os cinco, seis restaurantes que existiram."
Seu desejo tem um pé na realidade. No começo deste ano, Marta Suplicy sancionou um projeto de lei do vereador e arquiteto Nabil Bonduki, do mesmo partido da prefeita (PT), que pode ser o arcabouço legal da revitalização.
Pela nova lei, que ainda precisa ser regulamentada, os cinemas de rua e de galeria ganham isenção parcial do pagamento do ISS e total do IPTU, ambos tributos municipais. "A idéia é beneficiar não só o cinema como o seu entorno", disse à Folha Bonduki.
A contrapartida da sala é exibir longas nacionais durante dez dias a mais do que o exigido pela legislação federal, destinar 110% do valor da isenção em ingressos a alunos de escolas públicas, jovens, idosos e beneficiários de programas da prefeitura e promover atividades educativas relacionadas a obras cinematográficas.
Outras âncoras
As âncoras da revitalização são o Belas Artes, sua vizinha, a livraria Belas Artes, que mudou de mãos e foi reformada no ano passado, o venerando Sujinho - Bisteca d'Ouro, também conhecido como "Bar das Putas", que ganhou roupa nova e agora lembra barzinhos da Vila Madalena, a tradicional pizzaria Micheluccio, recém-repaginada, e o hotel Formule 1, da rede Accor, inaugurado também no ano passado e localizado a poucos metros do cinema.
O HSBC Belas Artes, aliás, fez acordo de estacionamento com o hotel, na Consolação, e com o terreno ao lado da livraria, na Paulista, tentando sanar uma velha reclamação dos freqüentadores das velhas salas, de falta de lugar seguro para parar o carro, que muitos urbanistas acreditam ter sido a fagulha que levou à migração dos espectadores para os shoppings.
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