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22/05/2004
-
17h42
da France Presse, em Cannes
Grande promessa na disputa da Palma de Ouro, o filme "Diários de Motocicleta", do diretor brasileiro Walter Salles, levou apenas o prêmio do Júri Ecumênico do Festival de Cannes 2004, cujos resultados oficiais foram anunciados neste sábado.
A principal premiação da competição foi para o cineasta americano Michael Moore, com o documentário "Fahrenheit 9/11".
O filme de Walter Salles recebeu um dos prêmios paralelos, concedido pelo júri presidido pelo australiano Peter Malone e formado por seis membros, entre eles o brasileiro Cireneu Kuhn e o peruano Stephan Kaspar.
"Assistimos no filme à gênese da vocação desta figura emblemática do revolucionário ávido de justiça. É algo que atrairá a atenção para um continente em que os problemas sócio-políticos ainda não foram resolvidos", afirmou o júri Ecumênico.
Acolhido triunfalmente ao ser apresentado na quarta-feira no Festival de Cannes, "Diários de Motocicleta", cujo produtor é o ator e diretor americano Robert Redford, é baseado no livro e em testemunhos de Alberto Granado, amigo de Che Guevara e autor de um livro sobre esta viagem que os dois fizeram juntos.
O longa foi filmado em espanhol na Argentina, Chile e Peru, os mesmos lugares que Ernesto Guevara e Alberto Granado percorreram há 50 anos.
Em 1952, Ernesto Guevara tinha 23 anos e Alberto Granado, 29. Eram jovens com sede de aventuras e que queriam conhecer o mundo. Os dois partiram de moto de Buenos Aires e percorreram uma Argentina que não conheciam, além de Chile e Peru. Descobriram a vida dos camponeses e mineiros, e trabalharam num leprosário da Amazônia peruana. A aventura terminou na Venezuela, onde os amigos se separaram.
Na viagem, o futuro Che conheceu a América do Sul, descobriu toda sua injustiça, sua beleza, sua gente mais humilde, mas também seus escritores e a obra de Mariátegui.
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"Diários de Motocicleta" leva prêmio do Júri Ecumênico em Cannes
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Grande promessa na disputa da Palma de Ouro, o filme "Diários de Motocicleta", do diretor brasileiro Walter Salles, levou apenas o prêmio do Júri Ecumênico do Festival de Cannes 2004, cujos resultados oficiais foram anunciados neste sábado.
A principal premiação da competição foi para o cineasta americano Michael Moore, com o documentário "Fahrenheit 9/11".
O filme de Walter Salles recebeu um dos prêmios paralelos, concedido pelo júri presidido pelo australiano Peter Malone e formado por seis membros, entre eles o brasileiro Cireneu Kuhn e o peruano Stephan Kaspar.
"Assistimos no filme à gênese da vocação desta figura emblemática do revolucionário ávido de justiça. É algo que atrairá a atenção para um continente em que os problemas sócio-políticos ainda não foram resolvidos", afirmou o júri Ecumênico.
Acolhido triunfalmente ao ser apresentado na quarta-feira no Festival de Cannes, "Diários de Motocicleta", cujo produtor é o ator e diretor americano Robert Redford, é baseado no livro e em testemunhos de Alberto Granado, amigo de Che Guevara e autor de um livro sobre esta viagem que os dois fizeram juntos.
O longa foi filmado em espanhol na Argentina, Chile e Peru, os mesmos lugares que Ernesto Guevara e Alberto Granado percorreram há 50 anos.
Em 1952, Ernesto Guevara tinha 23 anos e Alberto Granado, 29. Eram jovens com sede de aventuras e que queriam conhecer o mundo. Os dois partiram de moto de Buenos Aires e percorreram uma Argentina que não conheciam, além de Chile e Peru. Descobriram a vida dos camponeses e mineiros, e trabalharam num leprosário da Amazônia peruana. A aventura terminou na Venezuela, onde os amigos se separaram.
Na viagem, o futuro Che conheceu a América do Sul, descobriu toda sua injustiça, sua beleza, sua gente mais humilde, mas também seus escritores e a obra de Mariátegui.
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