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12/06/2004
-
08h56
da Folha de S.Paulo
Silviano Santiago
"Comecei jovem pela tradução espanhola. Empaquei. Mais tarde fui para a francesa. Empaquei de novo. Acabei lendo no original, cotejando com Houaiss e tendo um livro-guia como ajuda. Deveria ter relido. As circunstâncias não permitiram. Ficou a assombração. À noite, é personagem de pesadelo. À mesa de trabalho, diante do computador, é assassino das más intenções."
Luis Fernando Verissimo
"Li todo o 'Ulisses'. Há algum tempo, quando tinha tempo. Hoje acho que não o enfrentaria. Não entender tudo o que lia foi bom, pois me levou a procurar algumas exegeses, como a clássica de Stuart Gilbert, e a coleção de textos 'Vico and Joyce', se bem que esta é mais sobre o 'Finnegans Wake'. Que, este sim, não consegui ler. Enfim, gostei do 'Ulisses', mas gostei mais da explicação."
Milton Hatoum
"'Ulisses' é um dos pontos mais altos do modernismo, uma viagem literária assombrosamente inventiva. Beleza da desarmonia e da existência errante dos personagens num único dia que são todos os dias de uma Dublin quase mítica. Li longe do Brasil. Leitura teimosa e demorada, aos solavancos. O fim é de beleza rara. Às tantas aparece uma frase tão joyceana: 'Sincerely Irish he is indeed'."
Fabrício Carpinejar
"Um dia é o que o homem precisa para dizer que viveu e nunca mais ser tratado como um morto."
Nelson de Oliveira
"Não li o 'Ulysses', mas li de cabo a rabo o 'Ulisses', a tradução do Houaiss. Levei três semanas. Foi em 1988, acho. Nessa época eu ainda não precisava ganhar a vida com o suor do meu rosto. Não existe romance mais totalitário, no mau e no bom sentido. Hoje, também com o 'Finnicius Révem', tradução do Schüller, posso dizer que Joyce me ensinou algo sobre o limitado alcance das traduções. Quem quiser conhecer 'Ulisses' e 'Finnegans Wake' conforme pensados por ele terá que mergulhar nos originais. Na impossibilidade, 'Ulisses' e 'Finnicius' são, claro, ótimos covers."
Cristovão Tezza
"Li 'Ulisses' ou avancei sobre ele até ser esmagado por uma muralha de palavras, assim que saiu a tradução de Houaiss. Hoje estou tendo o privilégio de relê-lo, seguindo passo a passo a tradução de Caetano Galindo. Para uma obra que já saiu de sua vida imediata e entrou na história, não faz sentido "gostar" ou "não gostar". 'Ulisses' é um monumento para ser decifrado, desafiado ou mesmo ignorado; ele está presente."
Luiz Ruffato
"Li 'Ulisses' inteiro... duas vezes... Na primeira vez, li por obrigação que me impus. Não por gosto. Mas, da segunda vez, li com gosto e aos poucos fui descobrindo a riqueza da experiência vivencial e literária que havia naquele calhamaço heraclítico. Recomendo, principalmente nestes tempos de mediocridades..."
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Luis Fernando Verissimo
"Li todo o 'Ulisses'. Há algum tempo, quando tinha tempo. Hoje acho que não o enfrentaria. Não entender tudo o que lia foi bom, pois me levou a procurar algumas exegeses, como a clássica de Stuart Gilbert, e a coleção de textos 'Vico and Joyce', se bem que esta é mais sobre o 'Finnegans Wake'. Que, este sim, não consegui ler. Enfim, gostei do 'Ulisses', mas gostei mais da explicação."
Milton Hatoum
"'Ulisses' é um dos pontos mais altos do modernismo, uma viagem literária assombrosamente inventiva. Beleza da desarmonia e da existência errante dos personagens num único dia que são todos os dias de uma Dublin quase mítica. Li longe do Brasil. Leitura teimosa e demorada, aos solavancos. O fim é de beleza rara. Às tantas aparece uma frase tão joyceana: 'Sincerely Irish he is indeed'."
Fabrício Carpinejar
"Um dia é o que o homem precisa para dizer que viveu e nunca mais ser tratado como um morto."
Nelson de Oliveira
"Não li o 'Ulysses', mas li de cabo a rabo o 'Ulisses', a tradução do Houaiss. Levei três semanas. Foi em 1988, acho. Nessa época eu ainda não precisava ganhar a vida com o suor do meu rosto. Não existe romance mais totalitário, no mau e no bom sentido. Hoje, também com o 'Finnicius Révem', tradução do Schüller, posso dizer que Joyce me ensinou algo sobre o limitado alcance das traduções. Quem quiser conhecer 'Ulisses' e 'Finnegans Wake' conforme pensados por ele terá que mergulhar nos originais. Na impossibilidade, 'Ulisses' e 'Finnicius' são, claro, ótimos covers."
Cristovão Tezza
"Li 'Ulisses' ou avancei sobre ele até ser esmagado por uma muralha de palavras, assim que saiu a tradução de Houaiss. Hoje estou tendo o privilégio de relê-lo, seguindo passo a passo a tradução de Caetano Galindo. Para uma obra que já saiu de sua vida imediata e entrou na história, não faz sentido "gostar" ou "não gostar". 'Ulisses' é um monumento para ser decifrado, desafiado ou mesmo ignorado; ele está presente."
Luiz Ruffato
"Li 'Ulisses' inteiro... duas vezes... Na primeira vez, li por obrigação que me impus. Não por gosto. Mas, da segunda vez, li com gosto e aos poucos fui descobrindo a riqueza da experiência vivencial e literária que havia naquele calhamaço heraclítico. Recomendo, principalmente nestes tempos de mediocridades..."
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