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10/06/2005
-
13h51
JOÃO SANDRINI
enviado da Folha Online a Fortaleza*
"A Pessoa É para o que Nasce", do diretor Roberto Berliner, levou o prêmio de melhor longa-metragem no 15º Cine Ceará, um dos principais festivais de cinema do país.
O Cine Ceará começou na sexta-feira passada e terminou na noite de ontem, quando foram distribuídos os prêmios.
Além do documentário de Berliner, que conta a história de três irmãs cegas e analfabetas que tocavam ganzá nas ruas de Campina Grande (PB) em troca de esmolas, também concorriam aos prêmios outros seis filmes.
"Quanto Vale ou É por Quilo?", do cineasta paranaense Sérgio Bianchi, foi o longa mais premiado. Venceu nas categorias roteiro (Sérgio Bianchi, Eduardo Benaim e Newton Canito), direção de arte (Renata Tessari), montagem (Paulo Sacramento), ator coadjuvante (Lázaro Ramos) e atriz coadjuvante (Ariclê Perez).
Outro destaque foi "Bens Confiscados", que levou três prêmios importantes: direção (Carlos Reichenbach), atriz (Betty Faria) e ator (Werner Schüneman).
Mario Carneiro e Dib Lufti ganharam o prêmio de melhor fotografia por "Seo Chico, Um Retrato". O maestro Julio Medaglia venceu na categoria melhor trilha sonora original devido a seu trabalho em "A Marca do Terrir". O prêmio de melhor som foi para Juarez Dagoberto pelo filme "Por Trinta Dinheiros". E o prêmio especial do júri ficou com o diretor Walter Carvalho, pelo documentário "Moacir, Arte Bruta.
Protesto
No início da cerimônia de entrega dos prêmios, o cineasta cearense Rosemberg Cariry se incumbiu de ler a "Carta de Fortaleza", um manifesto assinado por cineastas do Norte e Nordeste do país.
No documento, eles defendem o desbloqueio de verbas do Ministério da Cultura e a implementação da política de pulverização dos recursos de estatais destinados para o patrocínio de produções cinematográficas.
Hoje esses recursos constituem a principal fonte de fomento ao cinema brasileiro e, na visão de cineastas do Norte-Nordeste, estão demasiadamente concentrados em produções do Rio de Janeiro e São Paulo.
Durante a cerimônia, o diretor do festival, Wolney Oliveira, também anunciou que a partir de 2006 o Cine Ceará passará a ser ibero-americano --ou seja, filmes de toda a América Latina, Portugal e Espanha participarão da mostra competitiva.
O encerramento do festival aconteceu com os shows das "ceguinhas de Campina Grande", personagens do filme vencedor do prêmio de melhor longa-metragem, e também do cantor Riachão.
*O jornalista João Sandrini viajou a convite do 15º Cine Ceará
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"A Pessoa É para o que Nasce" leva prêmio de melhor filme no Cine Ceará
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enviado da Folha Online a Fortaleza*
"A Pessoa É para o que Nasce", do diretor Roberto Berliner, levou o prêmio de melhor longa-metragem no 15º Cine Ceará, um dos principais festivais de cinema do país.
O Cine Ceará começou na sexta-feira passada e terminou na noite de ontem, quando foram distribuídos os prêmios.
Além do documentário de Berliner, que conta a história de três irmãs cegas e analfabetas que tocavam ganzá nas ruas de Campina Grande (PB) em troca de esmolas, também concorriam aos prêmios outros seis filmes.
"Quanto Vale ou É por Quilo?", do cineasta paranaense Sérgio Bianchi, foi o longa mais premiado. Venceu nas categorias roteiro (Sérgio Bianchi, Eduardo Benaim e Newton Canito), direção de arte (Renata Tessari), montagem (Paulo Sacramento), ator coadjuvante (Lázaro Ramos) e atriz coadjuvante (Ariclê Perez).
Outro destaque foi "Bens Confiscados", que levou três prêmios importantes: direção (Carlos Reichenbach), atriz (Betty Faria) e ator (Werner Schüneman).
Mario Carneiro e Dib Lufti ganharam o prêmio de melhor fotografia por "Seo Chico, Um Retrato". O maestro Julio Medaglia venceu na categoria melhor trilha sonora original devido a seu trabalho em "A Marca do Terrir". O prêmio de melhor som foi para Juarez Dagoberto pelo filme "Por Trinta Dinheiros". E o prêmio especial do júri ficou com o diretor Walter Carvalho, pelo documentário "Moacir, Arte Bruta.
Protesto
No início da cerimônia de entrega dos prêmios, o cineasta cearense Rosemberg Cariry se incumbiu de ler a "Carta de Fortaleza", um manifesto assinado por cineastas do Norte e Nordeste do país.
No documento, eles defendem o desbloqueio de verbas do Ministério da Cultura e a implementação da política de pulverização dos recursos de estatais destinados para o patrocínio de produções cinematográficas.
Hoje esses recursos constituem a principal fonte de fomento ao cinema brasileiro e, na visão de cineastas do Norte-Nordeste, estão demasiadamente concentrados em produções do Rio de Janeiro e São Paulo.
Durante a cerimônia, o diretor do festival, Wolney Oliveira, também anunciou que a partir de 2006 o Cine Ceará passará a ser ibero-americano --ou seja, filmes de toda a América Latina, Portugal e Espanha participarão da mostra competitiva.
O encerramento do festival aconteceu com os shows das "ceguinhas de Campina Grande", personagens do filme vencedor do prêmio de melhor longa-metragem, e também do cantor Riachão.
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