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20/01/2006
-
12h37
PAULO SAMPAIO
VIVIAN WHITEMAN
da Folha de S.Paulo
Debaixo de um sol devastador, nos jardins afrancesados do Museu do Ipiranga, a Cavalera aprontou no início da tarde uma revolução na sua estética. A marca, que estava imersa na repetição, mostrou um outono-inverno bastante rico em formas e materiais. Deixou para trás os tiques adolescentes e investiu em peças mais sofisticadas e ousadas.
Na platéia, não foi fácil para os fashionistas conciliar elegância e suor sob um sol de 31C. Marcada para as 12h, a apresentação atrasou e quase levou à insolação as modelos que enfeitavam o lugar. Nas cadeiras, os convidados derretiam embaixo de sombrinhas distribuídas pela produção.
"Se demorarem mais cinco minutos eu vou desmaiar", avisava a jornalista e consultora de moda Regina Guerreiro, com seu miniventilador portátil a toda velocidade. "Se a água desse lago fosse confiável, eu me atirava", ameaçou a consultora de moda da TV Globo, Regina Martelli. "Acho que o grito de Independência não previu dias tão quentes para o Brasil", disse a empresária Glória Kalil. Muito brancas, as jornalistas inglesas Rachel Jones e Fiona Harkin imaginavam: "Amanhã seremos duas lagostas assadas."
A idéia de transformar o museu em passarela não é nova, mas ajuda a divulgar um ponto histórico da cidade. A gerente de loja Alessandra Pires, 24, diz que nunca esteve ali antes. "Até passo muito por aqui, mas nunca tive oportunidade de entrar." Sua colega de trabalho Natalia Ferreira visitou o museu aos sete anos. E o que tem dentro? "Olha, uns fiapos do cabelo da rainha." Que rainha? "Ah, não sei..." "Mas gravaram uma novela aqui, chamava "Éramos Sete"." "Sete não, louca, seis", corrige Alessandra.
A grife Maria Bonita também optou por fazer seu desfile fora do pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera --onde está concentrada a maioria das apresentações -, e levou os fashionistas para a sua loja na rua Oscar Freire. A cantora Marina Lima abriu o desfile com uma versão intimista da sexy "Bang Bang ", do filme "Kill Bill".
A cenógrafa Daniela Thomas fez a direção de arte do desfile, optando por uma composição fria e futurista, com as modelos portando apliques brancos e negros no cabelo, como se tivessem saído de uma ficção científica. A coleção, muito correta e elaborada, apostou na delicadeza das estampas (da artista Sandra Cinto) e numa cartela de cores enxuta, de preto, cinza e branco.
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Cavalera se revoluciona debaixo de sol
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VIVIAN WHITEMAN
da Folha de S.Paulo
Debaixo de um sol devastador, nos jardins afrancesados do Museu do Ipiranga, a Cavalera aprontou no início da tarde uma revolução na sua estética. A marca, que estava imersa na repetição, mostrou um outono-inverno bastante rico em formas e materiais. Deixou para trás os tiques adolescentes e investiu em peças mais sofisticadas e ousadas.
Na platéia, não foi fácil para os fashionistas conciliar elegância e suor sob um sol de 31C. Marcada para as 12h, a apresentação atrasou e quase levou à insolação as modelos que enfeitavam o lugar. Nas cadeiras, os convidados derretiam embaixo de sombrinhas distribuídas pela produção.
"Se demorarem mais cinco minutos eu vou desmaiar", avisava a jornalista e consultora de moda Regina Guerreiro, com seu miniventilador portátil a toda velocidade. "Se a água desse lago fosse confiável, eu me atirava", ameaçou a consultora de moda da TV Globo, Regina Martelli. "Acho que o grito de Independência não previu dias tão quentes para o Brasil", disse a empresária Glória Kalil. Muito brancas, as jornalistas inglesas Rachel Jones e Fiona Harkin imaginavam: "Amanhã seremos duas lagostas assadas."
A idéia de transformar o museu em passarela não é nova, mas ajuda a divulgar um ponto histórico da cidade. A gerente de loja Alessandra Pires, 24, diz que nunca esteve ali antes. "Até passo muito por aqui, mas nunca tive oportunidade de entrar." Sua colega de trabalho Natalia Ferreira visitou o museu aos sete anos. E o que tem dentro? "Olha, uns fiapos do cabelo da rainha." Que rainha? "Ah, não sei..." "Mas gravaram uma novela aqui, chamava "Éramos Sete"." "Sete não, louca, seis", corrige Alessandra.
A grife Maria Bonita também optou por fazer seu desfile fora do pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera --onde está concentrada a maioria das apresentações -, e levou os fashionistas para a sua loja na rua Oscar Freire. A cantora Marina Lima abriu o desfile com uma versão intimista da sexy "Bang Bang ", do filme "Kill Bill".
A cenógrafa Daniela Thomas fez a direção de arte do desfile, optando por uma composição fria e futurista, com as modelos portando apliques brancos e negros no cabelo, como se tivessem saído de uma ficção científica. A coleção, muito correta e elaborada, apostou na delicadeza das estampas (da artista Sandra Cinto) e numa cartela de cores enxuta, de preto, cinza e branco.
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