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24/02/2006 - 17h23

Ícone lésbico, Zélia Duncan festeja Dia da Mulher em SP

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da Folha Online

A cantora e compositora niteroiense Zélia Duncan, 41, vai se apresentar no próximo dia 12 de março, às 15h, no Sesc Itaquera, na zona leste de São Paulo. O espetáculo faz parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher (8).

Divulgação
fará mais um show em unidade do Sesc
Cantora fará mais um show em unidade do Sesc
O show se chama "Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band", título do 8º CD e de canção composta com Lenine. Ela canta hits e ainda "Dor Elegante", parceria com Paulo Leminsky, "Tudo ou Nada" e "Milágrimas", com Alice Ruiz.

Zélia Duncan --ou ZD como é chamada pela amiga Mart'nália-- é considerada um ícone lésbico. As meninas lotam seus shows e veneram a artista, como se viu no Sesc Vila Mariana no começo do mês, onde os ingressos para três apresentações esgotaram em três dias.

"Linda", "Maravilhosa", "Minha deusa" e "Te amo" são gritos femininos que eclodem da platéia com freqüência nos shows de ZD. No último dia 19, balões vermelhos na forma de coração foram jogados no palco.

Participou do show Anelis Assumpção, do grupo DonaZica e filha de Itamar Assunção (1949-2003), ídolo de ZD. Elas cantaram "Milágrimas" sob forte emoção --Anelis chega a encostar a cabeça no ombro de ZD.

Ana Carolina Fernandes/FI
Zélia Duncan nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro
Zélia Duncan nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro
Em outra interpretação, Anelis brincou simulando um clima de flerte, cercando e encostando sua perna na da colega. ZD chispou educadamente e riu dizendo: "Safada".

No show do Sesc Vila Mariana, ZD vestia calça preta, blusa branca, cortada em tiras, e sapato estilo "All Star". Ela entrou no palco com uma coroa de rosas vermelhas na cabeça.

Na reta final do show, as garotas levantam da poltrona e se aglomeram na fila do "gargarejo" do teatro e haja cliques com máquinas fotográficas, câmeras de celulares e mãos estendidas em busca de um toque.

Intimidade preservada

Discreta, a cantora evita expor em público sua vida pessoal. Entre outras cantoras admiradas pelas lésbicas, estão a cantora Ana Carolina, que já admitiu ser bissexual à revista "Veja", a assumida Vange Leonel, a militante Laura Finocchiaro e Lan Lan, amiga de Cássia Eller (1962-2001).

Para uns fãs, não importa a orientação sexual de um artista, e especular sobre isso só alimenta discriminações. Também quem se declara gay corre o risco de sofrer o preconceito da indústria e perder mercado.

Reprodução
Revista estampou Ana Carolina na capa
Revista estampou Ana Carolina na capa
Para outros, ser homossexual não é motivo de vergonha e, por isso, não há nada de mal em sair do armário evitando uma vida ambígua. No Brasil, essa atitude ainda é vista como tabu, dando margem a todo tipo de insinuações e injustiças.

É raro alguém --principalmente mulher-- tocar no assunto como fez Ana Carolina, capa de "Veja" (21 de dezembro de 2005) e hoje 2ª maior vendedora de CDs do país: "Sou bissexual. Acho natural gostar de homens e mulheres. Sou contra essa postura de levantar bandeiras para defender o homossexualismo [sic], pois fica parecendo que ser gay é uma doença. Posso até estar saindo com uma mulher mas, se eu me apaixonar por um homem e decidir casar com ele na igreja, de véu e grinalda, ninguém vai impedir."

Serviço
Show com Zélia Duncan
Quando: 12 de março
Onde: Sesc Itaquera (av. Fernando do Espírito Santo Alves Mattos, 1.000)
Telefone: 0/xx/11/6523-9200

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre "Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band"
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