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06/03/2006 - 04h59

Robert Altman recebe Oscar honorário por sua obra

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da Efe, em Los Angeles

O produtor, diretor e roteirista Robert Altman, uma das vozes mais respeitadas da Hollywood rebelde, recebeu o primeiro Oscar de sua vida aos 81 anos em reconhecimento à sua carreira.

Altman se mostrou "feliz e emocionado" após receber a estatueta honorária das mãos de Meryl Streep e Lily Tomlin, duas de suas atrizes fetiches, diante de um auditório que se pôs de pé para aplaudi-lo.

O diretor confessou que, para ele, fazer um filme é como levantar um castelo de areia na praia: "Você convida os amigos, o constrói, vê como a maré o leva, mas fica em sua memória para sempre".

"Há dez anos fiz um transplante de coração com o órgão de uma mulher de 30 anos, por isso penso que é muito cedo para receber este prêmio, ainda me restam uns 40 anos de vida e pretendo usá-los", disse, emocionado. O agraciado agradeceu "ao mundo e à condição humana", além da sua esposa, pois "sem ela eu não estaria aqui".

"Acho que nenhum diretor de cinema foi tão afortunado como eu ao longo de sua carreira, graças a todas as pessoas com quem tive a oportunidade de trabalhar", assegurou.

Altman, como outros grandes cineastas, viu reconhecida sua longa carreira, na qual há mais de 80 filmes como diretor, 39 como produtor e 37 como roteirista.

Alguns de seus filmes mais notáveis e que concorreram ao Oscar de melhor diretos foram "M.A.S.H." (1970), "Nashville" (1975), "O Jogador" (1992), "Short Cuts - Cenas da Vida" (1993) e "Assassinato em Gosford Park" (2001). Altman também defendeu outras duas indicações como melhor produtor em "Nashville" e "Assassinato em Gosford Park".

Contracultura

O troféu que recebeu este nativo de Kansas City poucos dias após seu aniversário --em 20 de fevereiro-- premia "uma carreira que reinventou continuamente a arte cinematográfica e que inspirou outros produtores e a audiência", segundo a Academia.

Altman, que ainda prossegue em atividade e sem planos de se aposentar, começou sua carreira como documentarista antes de sua estréia no cinema com "Os Delinqüentes", em 1957.

Além de seus sucessos cinematográficos, sempre foi um defensor da contracultura e das liberdades. Sua oposição ao presidente americano, George W. Bush, levou-o a prometer que abandonaria seu país caso ele fosse reeleito, como ocorreu.

Embora Altman tenha descumprido sua promessa após a vitória de Bush em 2004, suas produções cada vez se mostram mais vinculadas à Europa do que aos Estados Unidos, onde é mais difícil encontrar financiamento para seus projetos.

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