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15/03/2006 - 18h31

Editor diz ser ridícula acusação de plágio contra Brown

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da Efe, em Londres

O editor de dois livros envolvidos em um julgamento por suposta violação de direitos autorais de propriedade intelectual pelo autor de "O Código Da Vinci", Dan Brown, afirmou hoje, sobre a acusação dos litigantes, que estes "correm o risco de fazer um papel ridículo".

AP
Dan Brown ganhou fama com
Dan Brown ganhou fama com "O Código Da Vinci"

Michael Baigent e Richard Leigh, dois dos três autores de "Holy Blood, Holy Grail" (publicado em português com o título "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada"), afirmam que Dan Brown copiou em "O Código Da Vinci" a tese central da obra elaborada em 1982 e processam a editora Random House, que também publicou o best seller.

Nas duas obras, é apresentada a hipótese de que Jesus se casou com Maria Madalena, com a qual teve um filho. Segundo a tese, a descendência da criança continua até hoje e está protegida por uma ordem secreta conhecida como Priorado de Sião.

Em seu depoimento ao Tribunal Superior de Justiça do Reino Unido, o agente literário Patrick Janson-Smith, que foi o editor tanto do livro de Baigent e de Leigh como do de Brown, disse que soube da decisão dos historiadores em 2004 e pensou que eles "não tinham argumentos para manter" suas acusações.

O agente literário explicou que, quando começou a trabalhar com "O Código Da Vinci", reconheceu "semelhanças" entre as duas obras e a "piada" de Brown de nomear um de seus personagens como Leigh Teabing --anagrama de Leigh e Baigent.

"Pensei que, em algum momento, Brown tivesse entrado em contato com os autores ou que era uma simples demonstração de respeito para com eles", declarou. "Nunca pensei que houvesse alguma questão de plágio", afirma Janson-Smith. Segundo ele, "'O Santo Graal e a Linhagem Sagrada' pretende ser uma obra de não ficção", enquanto "O código Da Vinci" é um romance de suspense.

O livro de Brown foi traduzido para 44 idiomas, chegará aos cinemas este ano e já vendeu mais de 40 milhões de exemplares. Segundo o editor, os dois autores decidiram entrar na justiça por causa, especialmente, da adaptação para o cinema do livro.

"Eles estavam muito preocupados porque um filme de 'O Código Da Vinci' poderia colocar em perigo as possibilidades de realizar outro de 'O Santo Graal e a Linhagem Sagrada'", declarou.

A previsão é que o julgamento, que recomeçará na sexta-feira com as alegações finais, termine na segunda. Entretanto, o juiz pode demorar semanas antes de emitir o veredicto, afirmam fontes judiciais.

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