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28/04/2006
-
11h27
da Folha de S.Paulo
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, chamou de "distorção" a liberação autorizada por sua pasta de R$ 9,4 milhões em patrocínio para a temporada no Brasil do grupo canadense Cirque du Soleil, prevista para agosto e outubro.
"Estamos criando mecanismos na lei [Rouanet] para evitar distorções desse tipo, para dar a ela o caráter mais público para o qual ela foi criada", disse o ministro, anteontem, em São Paulo.
O patrocínio ao Cirque du Soleil, cujos ingressos do espetáculo "Saltimbanco" custam entre R$ 50 e R$ 370, foi aprovado pelo MinC por meio da Lei Rouanet, que autoriza empresas a destinar até 4% de seu Imposto de Renda à realização de projetos culturais.
O patrocinador do Cirque du Soleil no Brasil é o banco Bradesco, que não quis comentar o tema, abordado anteontem na Folha. Segundo o MinC, a empresa CIE, produtora da turnê do grupo canadense ao Brasil, reuniu até agora R$ 7,1 milhões em patrocínio.
Gil previra para ontem a edição de decreto com modificações na Lei Rouanet, o que não ocorreu. O MinC havia divulgado as mudanças que estariam no decreto, classificadas de "cosméticas" em artigo do editor da Ilustrada, Marcos Augusto Gonçalves. Gil rebateu: "Há cosméticas por aí que têm capacidade muito grande de agir sobre a pele, a pele cultural do país".
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Gil diz que patrocínio a Cirque du Soleil é "distorção"
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O ministro da Cultura, Gilberto Gil, chamou de "distorção" a liberação autorizada por sua pasta de R$ 9,4 milhões em patrocínio para a temporada no Brasil do grupo canadense Cirque du Soleil, prevista para agosto e outubro.
"Estamos criando mecanismos na lei [Rouanet] para evitar distorções desse tipo, para dar a ela o caráter mais público para o qual ela foi criada", disse o ministro, anteontem, em São Paulo.
O patrocínio ao Cirque du Soleil, cujos ingressos do espetáculo "Saltimbanco" custam entre R$ 50 e R$ 370, foi aprovado pelo MinC por meio da Lei Rouanet, que autoriza empresas a destinar até 4% de seu Imposto de Renda à realização de projetos culturais.
O patrocinador do Cirque du Soleil no Brasil é o banco Bradesco, que não quis comentar o tema, abordado anteontem na Folha. Segundo o MinC, a empresa CIE, produtora da turnê do grupo canadense ao Brasil, reuniu até agora R$ 7,1 milhões em patrocínio.
Gil previra para ontem a edição de decreto com modificações na Lei Rouanet, o que não ocorreu. O MinC havia divulgado as mudanças que estariam no decreto, classificadas de "cosméticas" em artigo do editor da Ilustrada, Marcos Augusto Gonçalves. Gil rebateu: "Há cosméticas por aí que têm capacidade muito grande de agir sobre a pele, a pele cultural do país".
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