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08/06/2006 - 10h41

Autoridades chinesas cancelam exibições de "O Código Da Vinci"

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da Efe, em Pequim

O Governo chinês decidiu cancelar a exibição do polêmico filme "O Código Da Vinci" a partir de amanhã, sexta-feira, 19 dias após sua estréia, confirmou hoje a distribuidora estatal China Film.

Segundo um comunicado enviado hoje às 400 salas que estão exibindo o filme, o cancelamento se deve "à comemoração do 85º aniversário da criação do Partido Comunista da China" (no dia 1 de julho). Os cinemas devem dar preferência "aos filmes nacionais".

"Há um aviso, mas ainda não vi", declarou uma funcionária da China Film, a única estatal autorizada a importar os 20 filmes estrangeiros que Pequim aprova cada ano.

"O cancelamento só vale para 'O Código Da Vinci', não para outros filmes estrangeiros", confirmou, sem explicar por que a proibição não afetará a estréia, amanhã, de "A Era do Gelo 2".

"No verão sempre reservamos um período para filmes nacionais", explicou. Uma fonte da Administração de Rádio, Cinema e Televisão (SARFT, sigla em inglês) disse não saber nada sobre o cancelamento.

O filme estava a ponto de registrar a segunda maior bilheteria de um filme estrangeiro na China, com 100 milhões de iuanes (US$ 12,4 milhões) desde sua estréia, em 19 de maio. O recorde ainda é de "Titanic" (1998), seguido de "Pearl Harbor" (2001).

Em três semanas, 2,8 milhões de cidadãos chineses foram aos cinemas para ver o filme, livres da reação de grupos católicos. A China é um país oficialmente agnóstico.

"Fazer o quê? Estamos surpresos e decepcionados. A boa notícia é que conseguimos um bom negócio na China", comentou Jeff Blake, diretor da produtora Sony em nível mundial.

Fontes do setor cinematográfico chinês disseram que a causa real do cancelamento são os protestos de grupos católicos em algumas províncias chinesas, depois de a Associação Patriótica Católica convocar um boicote.

O porta-voz da Igreja Patriótica Católica chinesa, Liu Bainian, disse que "não recomendou protestos" e se recusou a fazer mais comentários.

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