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05/07/2006
-
18h03
da France Presse, em Paris
John Galliano fez nesta quarta-feira uma interpretação suntuosa da Renascença, em uma série de quadros luxuosos tendo como cenário a reprodução de um jardim toscano, cuja teatralidade algumas vezes se alimentou das reminiscências dos anos 1940 ou da ópera rock.
No primeiro dia dos desfiles de alta costura para a temporada outono-inverno 2006-2007, o exuberante estilista da Dior apresentou um desfile em quadros sucessivos, cada qual acompanhado de uma música diferente.
As primeiras silhuetas causaram sensação: sirenes presas em vestidos de noite com escamas de ouro e bustiês de ponto dourado, acompanhados de enfeites de cabeça feitos em cristal e os braços às vezes cobertos por espécies de armaduras.
Depois delas, seguiu-se uma sucessão de modelos mais teatrais, como uma saia espetacular de pregas verticais de plástico preto, acompanhada de uma jaqueta vermelha bordada. No quatro seguinte, "as armaduras se transformam em belos ternos" dos anos 1940, como disse o próprio Galliano ao final do desfile.
Vintage
Para a casa Martin Margiela, convidada permanente a partir desta temporada nas apresentações de alta costura e que apresentou a coleção em sua sede parisiense à margem dos desfiles, a moda foi totalmente vintage.
Desde sua criação, a casa recupera no mundo inteiro roupas e acessórios de outras épocas que transforma para torná-los modelos atuais, aos quais sua antiga função dá um encanto particular e uma certa tradição.
Na coleção atual, o vestido branco justo foi criado com twin-sets de ponto bordado dos anos 1950, vaporosa blusa branca, com antigos vestidos infantis de primeira comunhão, cujos detalhes foram preservados. O deslumbrante conjunto de calça e jaqueta de couro foi feito com cintos de vários tons, com fivelas substituindo os botões.
Suavidade
Com silhueta estruturada e matérias-primas leves, o estilista português Felipe Oliveira Batista concebeu um inverno extremamente suave, com pequenas jaquetas-capas e vestidos de piquê branco com grandes bolsos e pequenos adornos dando volume e destaque aos quadris.
O branco dominou a coleção, com algumas peças em vermelho ou preto. Calças estreitas e compridas ou em corte pescador foram usadas com sapatos plataforma altíssimos, enquanto as cabeças apareceram cobertas com enormes gorros.
O trabalho com os volumes realçou a coleção também em minivestidos de múltiplas pétalas brancas. Em alguns modelos, vestidos e jalecos levaram apliques de acrílico com formas que lembravam as de esqueletos de animais.
Oliveira Batista declarou, após o desfile, que se inspirou nos dinossauros com o objetivo de "criar volumes novos" e conceber "formas orgânicas".
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Renascença de Galliano e vintage de Margiela dão o tom em Paris
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John Galliano fez nesta quarta-feira uma interpretação suntuosa da Renascença, em uma série de quadros luxuosos tendo como cenário a reprodução de um jardim toscano, cuja teatralidade algumas vezes se alimentou das reminiscências dos anos 1940 ou da ópera rock.
No primeiro dia dos desfiles de alta costura para a temporada outono-inverno 2006-2007, o exuberante estilista da Dior apresentou um desfile em quadros sucessivos, cada qual acompanhado de uma música diferente.
As primeiras silhuetas causaram sensação: sirenes presas em vestidos de noite com escamas de ouro e bustiês de ponto dourado, acompanhados de enfeites de cabeça feitos em cristal e os braços às vezes cobertos por espécies de armaduras.
Depois delas, seguiu-se uma sucessão de modelos mais teatrais, como uma saia espetacular de pregas verticais de plástico preto, acompanhada de uma jaqueta vermelha bordada. No quatro seguinte, "as armaduras se transformam em belos ternos" dos anos 1940, como disse o próprio Galliano ao final do desfile.
Vintage
Para a casa Martin Margiela, convidada permanente a partir desta temporada nas apresentações de alta costura e que apresentou a coleção em sua sede parisiense à margem dos desfiles, a moda foi totalmente vintage.
Desde sua criação, a casa recupera no mundo inteiro roupas e acessórios de outras épocas que transforma para torná-los modelos atuais, aos quais sua antiga função dá um encanto particular e uma certa tradição.
Na coleção atual, o vestido branco justo foi criado com twin-sets de ponto bordado dos anos 1950, vaporosa blusa branca, com antigos vestidos infantis de primeira comunhão, cujos detalhes foram preservados. O deslumbrante conjunto de calça e jaqueta de couro foi feito com cintos de vários tons, com fivelas substituindo os botões.
Suavidade
Com silhueta estruturada e matérias-primas leves, o estilista português Felipe Oliveira Batista concebeu um inverno extremamente suave, com pequenas jaquetas-capas e vestidos de piquê branco com grandes bolsos e pequenos adornos dando volume e destaque aos quadris.
O branco dominou a coleção, com algumas peças em vermelho ou preto. Calças estreitas e compridas ou em corte pescador foram usadas com sapatos plataforma altíssimos, enquanto as cabeças apareceram cobertas com enormes gorros.
O trabalho com os volumes realçou a coleção também em minivestidos de múltiplas pétalas brancas. Em alguns modelos, vestidos e jalecos levaram apliques de acrílico com formas que lembravam as de esqueletos de animais.
Oliveira Batista declarou, após o desfile, que se inspirou nos dinossauros com o objetivo de "criar volumes novos" e conceber "formas orgânicas".
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