Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/07/2006 - 15h42

Brasileiro radicado em Viena assina coreografias de novo musical

Publicidade

CAMILA MARQUES
da Folha Online

Esta não será a primeira vez que a história da ingênua e forte prostituta Charity é montada no Brasil, mas é a primeira em que ganha o status de super produção pela mãos da CIE, que já produziu "O Beijo da Mulher Aranha", "Les Miserables", "A Bela e a Fera", "Chicago" e "O Fantasma da Ópera" (atualmente em cartaz).

"Tenho vontade de fazer 'Sweet Charity" há 20 anos, mas há algum tempo, quando fui atrás dos direitos para montar, descobri que já tinham comprado. Fizeram a montagem no Rio, e achei que minha chance tinha ido embora. Só agora percebi que tudo aconteceu no seu tempo. Eu tenho a idade e a maturidade correta para fazer a personagem, coisa que não tinha antes", diz Cláudia Raia, estrela da montagem.

Todas as coreografias do espetáculo serão assinadas pelo bailarino brasileiro Alonso Barros, natural de Campinas e radicado em Viena há 17 anos. "Ele é especialista em Bob Fosse [autor do musical] e, sem dúvida, o ouro dessa montagem", se derrete Cláudia, que conta ter comemorado ao saber que o colega aceitou vir ao Brasil para o trabalho.

Segundo Alonso, o estilo original será mantido, mas algumas coisas serão adaptadas para a sensualidade da protagonista brasileira. Para Alonso, é importante manter o estilo minimalista desenvolvido por Fosse, uma espécie de dança em sucessivos closes, em que o movimento de uma mão que se abre ou um quadril que ginga garantem a sensualidade sem apelação.

Diferentemente de outros musicais, como "Chicago", em "Sweet Charity" a peça não pára para dar espaço ao número musical. "O que importa é a dramaturgia, sem dúvida. Mas é interessante o quanto tem força a dança e a música, igualmente importantes, que aparecem para pontuar e marcar os trabalhos de Fosse", explica Charles Möeller, diretor da produção com Claudio Botelho.

Em "Sweet Charity", uma dançarina de aluguel, apesar de saber que não é vista com bons olhos, sonha com o verdadeiro amor. Apesar dos tombos que leva na vida, ela não deixa de ser otimista e, às vezes, até ingênua com a realidade que lhe cerca. Na história, o relato de pessoas colocadas à margem da sociedade, como imigrantes, pobres e prostitutas, dão o tom político.

Serão duas horas e meia de espetáculo, contando o intervalo, em que a protagonista dança sete números cantados e dançados. A previsão é ficar em cartaz por três meses em São Paulo e depois seguir para o Rio.

"Sweet Charity" estreou na Broadway em janeiro de 1966. A primeira versão concorreu a 12 Tony Awards, ganhando uma estatueta pela coreografia de Bob Fosse. Em 1969, a peça ganhou uma versão para o cinema, com Shirley MacLaine no papel principal. Em 1986, o musical voltou a Broadway e, com essa versão, ganhou 4 Tony Awards. No ano passado, 'Sweet Charit'y foi encenado mais uma vez na Broadway, com a atriz Christina Applegate no papel principal.

Leia mais
  • Cláudia Raia se muda para São Paulo para ensaiar "Sweet Charity"
  • Sucesso da Broadway, "Cats" se apresenta em SP em agosto

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Cláudia Raia
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página