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27/10/2006 - 10h49

"Fonte da Vida" tem a pretensão da busca pela imortalidade

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DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online

A busca pela imortalidade para manter um amor vivo embala "Fonte da Vida" ("The Fountain"), terceiro e aguardado filme de Darren Aronofsky que está em cartaz na 30ª Mostra de SP. Responsável pelo desvairado "Pi" (1998) e pelo pop-junkie "Réquiem para um Sonho" (2000), o diretor norte-americano escreve três narrativas para atuação dupla de sua mulher, Rachel Weisz ("O Jardineiro Fiel"), e tripla de Hugh Jackman ("O Grande Truque", com exibição nesta Mostra). As histórias acontecem no passado, presente e futuro e se desenrolam paralelamente.

Divulgação
Longa está em cartaz na 30ª Mostra de SP
Longa está em cartaz na 30ª Mostra de SP
A trama começa no século 16, quando um conquistador vai a América Central procurando a "árvore da vida". Ele quer levar os dotes da árvore para a rainha Isabel da Espanha salvar seu reino. Pulando para o presente, um cientista pesquisa uma cura milagrosa também por meio de árvores do "Novo Mundo". Sua mulher está morrendo câncer. Já no século 26, uma espécie de astronauta dentro de uma bolha (carregando uma árvore, claro) quer se reencontrar com sua mulher, mas para isso precisa manter o vegetal vivo.

Antes de ser rodado, "Fonte da Vida" enfrentou problemas na produção. Brad Pitt seria o protagonista, mas abandonou o projeto dois meses antes das gravações, em 2002, para filmar "Tróia". Cate Blanchett também saiu do barco por conta de sua gravidez.

Aronofsky ainda teve que lidar com um corte no orçamento. O filme com Brad Pitt teria a disposição até US$ 90 milhões. Com Hugh Jackman, a Warner Bros. desceu a cifra para US$ 35 milhões.

Sobrou para o Wolverine

O resultado da pré-produção desgastante ganha forma no filme. "Fonte da Vida" tem a pretensão usual de Aronofsky, mas sem o fôlego e a ousadia de seus projetos anteriores. O diretor deixa de lado seu realismo estilizado para cair em tomadas plásticas. Algumas impressionantes, outras grandiloqüentes.

Divulgação
Ator Hugh Jackman interpreta três personagens em "Fonte da Vida"
Ator Hugh Jackman interpreta três personagens em "Fonte da Vida"
Sobrou para Hugh Jackman a maior responsabilidade de salvar o filme. Além de ocupar o espaço de um ator mais experiente, Jackman teve de arcar com o peso dos 96 minutos de filme. Depende de seus três personagens o sucesso ou fracasso da trama.

Como o cientista preocupado do século 21 e o astronauta careca do futuro, paira sobre sua atuação uma dúvida. Seriam esses dois papéis sensíveis demais para um Wolverine [herói que o tornou conhecido na trilogia de "X-Men" para o cinema]? A resposta vem no terceiro personagem --do passado. A expectativa de que as garras de adamantium surjam de seus punhos a qualquer instante ganham força quando ele distribui sopapos como o tal "conquistador" do século 16.

Elogiado em "Réquiem para um Sonho", o músico Clint Mansell retorna a parceria com Aronofsky na produção da trilha de "A Fonte da Vida". Dessa vez, um quarteto de cordas e a banda escocesa de pós-punk Mogwai são os responsáveis pela música. O resultado é algo menos marcante que o trabalho anterior, assim como o próprio filme.

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