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27/10/2006
-
12h38
da Efe, em Berlim
"Idomeneo", a ópera de Mozart (1756-1791) cancelada em Berlim por medo de represálias de muçulmanos, voltará ao palco da Deutsche Oper em dezembro, informou hoje a diretora do teatro, Kirsten Harms.
"Os políticos queriam o retorno da ópera a qualquer custo e assim será", disse Kirsten, cuja decisão de suspender as quatro apresentações de "Idomeneo", previstas na programação de outono, provocou um escândalo que ultrapassou as fronteiras do país.
Na época, Kirsten atribuiu sua decisão a relatórios das autoridades do Interior que advertiam do "risco incalculável" que a apresentação da obra de Hans Neuenfels significaria para "a segurança na Alemanha e os interesses alemães no exterior".
O provocador diretor teatral alemão incluiu um epílogo na peça, no qual Idomeneo, rei de Creta, fica revoltado com todas as crenças e decapita Jesus Cristo, Maomé, Poseidon e Buda, pois nenhum deles teria trazido a paz ao mundo. Neuenfels estreou a produção em 2003 e a viu no palco pela última vez em 12 de maio de 2004.
Kirsten antecipou que "Idomeneo" terá duas apresentações antes do Natal, mas não informou as datas porque dependerão da disponibilidade dos cantores. "Falamos com alguns intérpretes, mas não é fácil encontrar tempo vago com tão pouca antecedência", explicou a diretora, mais "aliviada" pelo que parece ser o final da história.
Kirsten, porém, disse que, se pudesse voltar no tempo, sua decisão seria a mesma. "Em termos gerais, acho que o debate sobre a liberdade de expressão e artística que surgiu foi positivo", afirmou.
O retorno de "Idomeneo" aos palcos ficou mais próximo de se concretizar na noite de quinta-feira, depois que o porta-voz da Deutsche Oper, Alexander Busche, informou que um órgão responsável pela segurança em Berlim autorizou a reestréia.
Um comunicado divulgado pelo órgão afirma que, "por enquanto, não foi detectado perigo algum para o teatro ou seus funcionários", mas "a forma como as circunstâncias se desenvolverão será observada". As medidas de segurança que possivelmente terão de ser tomadas serão discutidas pela polícia e pela Deutsche Oper.
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"Os políticos queriam o retorno da ópera a qualquer custo e assim será", disse Kirsten, cuja decisão de suspender as quatro apresentações de "Idomeneo", previstas na programação de outono, provocou um escândalo que ultrapassou as fronteiras do país.
Na época, Kirsten atribuiu sua decisão a relatórios das autoridades do Interior que advertiam do "risco incalculável" que a apresentação da obra de Hans Neuenfels significaria para "a segurança na Alemanha e os interesses alemães no exterior".
O provocador diretor teatral alemão incluiu um epílogo na peça, no qual Idomeneo, rei de Creta, fica revoltado com todas as crenças e decapita Jesus Cristo, Maomé, Poseidon e Buda, pois nenhum deles teria trazido a paz ao mundo. Neuenfels estreou a produção em 2003 e a viu no palco pela última vez em 12 de maio de 2004.
Kirsten antecipou que "Idomeneo" terá duas apresentações antes do Natal, mas não informou as datas porque dependerão da disponibilidade dos cantores. "Falamos com alguns intérpretes, mas não é fácil encontrar tempo vago com tão pouca antecedência", explicou a diretora, mais "aliviada" pelo que parece ser o final da história.
Kirsten, porém, disse que, se pudesse voltar no tempo, sua decisão seria a mesma. "Em termos gerais, acho que o debate sobre a liberdade de expressão e artística que surgiu foi positivo", afirmou.
O retorno de "Idomeneo" aos palcos ficou mais próximo de se concretizar na noite de quinta-feira, depois que o porta-voz da Deutsche Oper, Alexander Busche, informou que um órgão responsável pela segurança em Berlim autorizou a reestréia.
Um comunicado divulgado pelo órgão afirma que, "por enquanto, não foi detectado perigo algum para o teatro ou seus funcionários", mas "a forma como as circunstâncias se desenvolverão será observada". As medidas de segurança que possivelmente terão de ser tomadas serão discutidas pela polícia e pela Deutsche Oper.
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