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22/02/2007
-
09h35
MARY PERSIA
da Folha Online
Você já deve conhecê-lo de algum lugar. Do vídeo "Music", de Madonna, talvez. Sacha Baron Cohen está lá, como motorista da diva pop.
Nessa época, ele era "apenas" o protagonista do humorístico "Da Ali G Show", sucesso na TV da Inglaterra, seu país natal. Do programa televisivo, Cohen tirou o repórter cazaque Borat Sagdiyev, que chega agora aos cinemas brasileiros com o filme "Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América".
O falso documentário custou meros US$ 18 milhões e já arrecadou "gloriosos" US$ 250 milhões mundo afora. A receita desse sucesso inclui as ótimas caracterização e atuação de Cohen, que além de criador do personagem é roteirista, produtor e estrela do longa. Mas em sua base está algo que os brasileiros conhecem bem: a exploração da vergonha alheia, com a criação de situações constrangedoras para os participantes desavisados.
Para quem gosta de Silvio Santos e Repórter Vesgo, Borat é ainda melhor. Ou pior, para quem não vê graça ou acha absurda a tensão criada pela dupla do "Pânico na TV!". Misturando a ficção de seu personagem com a realidade dos entrevistados, Cohen consegue uma boa fórmula para fazer rir.
O longa conta a história do repórter cazaque que vai aos Estados Unidos para fazer uma reportagem, na companhia do produtor Azamat Bagatov (Ken Davitian). Na terra dos ianques, vê Pamela Anderson na TV e nas páginas de uma revista e se apaixona. Decide, então, cruzar o país de leste a oeste para encontrar sua musa.
Na viagem de Nova York a Los Angeles, o repórter vai aprontando das suas, num ritmo bastante ágil ditado por um roteiro inteligente --que foi indicado ao Oscar. Cohen, fantasiado de Borat, diverte-se à custa de muitas instituições norte-americanas.
Os políticos e a democracia, as feministas, os tradicionalistas do sul, as fraternidades estudantis, os judeus (ele, oriundo de uma família de judeus ortodoxos), os protestantes e tantos outros não escapam das perguntas e do comportamento um tanto estranho (supostamente natural no Cazaquistão, cujo governo protestou) do jornalista.
Sem pudores, o longa dirigido por Larry Charles chega a trazer o ator e seu gordo produtor nus, com suas partes íntimas devidamente ocultas, em cenas nas quais poderiam ser descritos como uma almôndega humana. Correm sem roupas por um hotel, entram em um elevador e fogem dos seguranças e da polícia --presença comum no longa.
Durante a viagem, difícil não se perguntar o que é verdadeiro e o que não é. Diz-se que os entrevistados assinaram um termo de liberação do uso de imagem acreditando que a produção tratava-se de um documentário a ser exibido na Europa --manobra que deu margem a protestos e uma ação na Justiça norte-americana. Apenas Cohen, Davitian, Luenell (atriz que interpreta uma prostituta de mesmo nome) e Pamela, amiga do ator, estariam cientes das reais intenções da produção, que tem poucas tomadas encenadas.
A distribuidora, que ficou na dúvida sobre se valeria a pena lançar o filme nos cinemas brasileiros, pode ficar tranqüila. Para um público acostumado ao dominical da Rede TV!, "Borat" garante quase uma hora e meia de riso solto.
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da Folha Online
Você já deve conhecê-lo de algum lugar. Do vídeo "Music", de Madonna, talvez. Sacha Baron Cohen está lá, como motorista da diva pop.
Nessa época, ele era "apenas" o protagonista do humorístico "Da Ali G Show", sucesso na TV da Inglaterra, seu país natal. Do programa televisivo, Cohen tirou o repórter cazaque Borat Sagdiyev, que chega agora aos cinemas brasileiros com o filme "Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América".
Divulgação |
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Para quem gosta de Silvio Santos e Repórter Vesgo, Borat é ainda melhor. Ou pior, para quem não vê graça ou acha absurda a tensão criada pela dupla do "Pânico na TV!". Misturando a ficção de seu personagem com a realidade dos entrevistados, Cohen consegue uma boa fórmula para fazer rir.
O longa conta a história do repórter cazaque que vai aos Estados Unidos para fazer uma reportagem, na companhia do produtor Azamat Bagatov (Ken Davitian). Na terra dos ianques, vê Pamela Anderson na TV e nas páginas de uma revista e se apaixona. Decide, então, cruzar o país de leste a oeste para encontrar sua musa.
Na viagem de Nova York a Los Angeles, o repórter vai aprontando das suas, num ritmo bastante ágil ditado por um roteiro inteligente --que foi indicado ao Oscar. Cohen, fantasiado de Borat, diverte-se à custa de muitas instituições norte-americanas.
AP |
Inglês Sacha Baron Cohen é ator principal, produtor e roteirista do longa-metragem "Borat" |
Sem pudores, o longa dirigido por Larry Charles chega a trazer o ator e seu gordo produtor nus, com suas partes íntimas devidamente ocultas, em cenas nas quais poderiam ser descritos como uma almôndega humana. Correm sem roupas por um hotel, entram em um elevador e fogem dos seguranças e da polícia --presença comum no longa.
Durante a viagem, difícil não se perguntar o que é verdadeiro e o que não é. Diz-se que os entrevistados assinaram um termo de liberação do uso de imagem acreditando que a produção tratava-se de um documentário a ser exibido na Europa --manobra que deu margem a protestos e uma ação na Justiça norte-americana. Apenas Cohen, Davitian, Luenell (atriz que interpreta uma prostituta de mesmo nome) e Pamela, amiga do ator, estariam cientes das reais intenções da produção, que tem poucas tomadas encenadas.
A distribuidora, que ficou na dúvida sobre se valeria a pena lançar o filme nos cinemas brasileiros, pode ficar tranqüila. Para um público acostumado ao dominical da Rede TV!, "Borat" garante quase uma hora e meia de riso solto.
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