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22/02/2007
-
09h24
da Ansa, em Milão
A editora de moda do "New York Times", Cathy Horyn, escreveu há alguns dias que não gostaria de ter visto no desfile de Giorgio Armani calças de jogging. O estilista se ofendeu e, nesta quarta-feira, proibiu a entrada da jornalista no desfile da Empório Armani. A notícia foi anunciada e evidenciada pelo próprio Armani, diante de toda a imprensa reunida para os comentários do pós-desfile.
"Deixei Cathy Horyn de fora porque ela disse que eu deveria continuar a fazer os meus tailleurs. Ela viu e escreveu sobre um único par de calças para jogging, contra as 500 saias que apresentei. Pergunto-me que óculos ela estava usando...", explicou Armani.
Aos jornalistas que o lembraram que existe o direito de notícia e crítica, o estilista retrucou: "Ela tem o direito de escrever e eu de deixá-la de fora. (...) Há o direito de crônica, mas não de idiotice".
Armani explicou que se ela tivesse dito "não gosto" não teria havido problemas. "Seria só um comentário, mas o que ela publicou foram idiotices. É inaceitável falar de uma única calça no meio de 500 saias. Eu sou um criador de fato e não um copiador, como os norte-americanos. Se eu sempre refizesse a mim mesmo, bastaria ir a uma loja para ver qual a minha proposta...."
Na opinião de Armani, uma crítica como a de Horyn "não dá a um criador a possibilidade de evoluir. Por que deveria parar em um estilo que já é copiado por todos?".
Armani não é certamente o primeiro a proibir jornalistas em desfiles. O mundo da moda lembra, entre os casos mais recentes, a exclusão de Suzy Menkes, nome respeitado do "International Herald Tribune", dos desfiles parisienses do grupo Lvmh em outubro de 2001. À época, Menkes criticou a coleção Dior criada por John Galliano e o grupo Lvmh a tirou da lista dos convidados dos demais desfiles das grifes do grupo. O presidente do grupo, Bernard Arnault, depois pediu desculpas à enviada que, no dia seguinte, estava na primeira fila do desfile de Louis Vuitton.
Não faltam exemplos. São muitas as grifes que, incomodadas com os comentários pouco favoráveis, na temporada seguinte deixam de convidar jornalistas que as criticaram.
Algumas vezes a "excomunhão" dura uma ou duas temporadas, outras vezes é perpétua, tanto que hoje algumas cronistas já nem lembram porque os seus jornais não estão em alguns desfiles. Felizmente, isso hoje já não é um problema, graças às fotos dos desfiles divulgadas quase em tempo real na internet.
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A editora de moda do "New York Times", Cathy Horyn, escreveu há alguns dias que não gostaria de ter visto no desfile de Giorgio Armani calças de jogging. O estilista se ofendeu e, nesta quarta-feira, proibiu a entrada da jornalista no desfile da Empório Armani. A notícia foi anunciada e evidenciada pelo próprio Armani, diante de toda a imprensa reunida para os comentários do pós-desfile.
Alberto Pellaschiar/AP |
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Giorgio Armani após desfile da Emporio Armani em Milão |
Aos jornalistas que o lembraram que existe o direito de notícia e crítica, o estilista retrucou: "Ela tem o direito de escrever e eu de deixá-la de fora. (...) Há o direito de crônica, mas não de idiotice".
Armani explicou que se ela tivesse dito "não gosto" não teria havido problemas. "Seria só um comentário, mas o que ela publicou foram idiotices. É inaceitável falar de uma única calça no meio de 500 saias. Eu sou um criador de fato e não um copiador, como os norte-americanos. Se eu sempre refizesse a mim mesmo, bastaria ir a uma loja para ver qual a minha proposta...."
Alessandro Bianchi/Reuters |
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Segundo Armani, sua coleção foi calcada em saias e vestidos |
Armani não é certamente o primeiro a proibir jornalistas em desfiles. O mundo da moda lembra, entre os casos mais recentes, a exclusão de Suzy Menkes, nome respeitado do "International Herald Tribune", dos desfiles parisienses do grupo Lvmh em outubro de 2001. À época, Menkes criticou a coleção Dior criada por John Galliano e o grupo Lvmh a tirou da lista dos convidados dos demais desfiles das grifes do grupo. O presidente do grupo, Bernard Arnault, depois pediu desculpas à enviada que, no dia seguinte, estava na primeira fila do desfile de Louis Vuitton.
Não faltam exemplos. São muitas as grifes que, incomodadas com os comentários pouco favoráveis, na temporada seguinte deixam de convidar jornalistas que as criticaram.
Algumas vezes a "excomunhão" dura uma ou duas temporadas, outras vezes é perpétua, tanto que hoje algumas cronistas já nem lembram porque os seus jornais não estão em alguns desfiles. Felizmente, isso hoje já não é um problema, graças às fotos dos desfiles divulgadas quase em tempo real na internet.
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