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17/04/2007
-
18h20
da Efe, no Rio de Janeiro
Um documentário de 90 minutos, "Oscar Niemeyer: A Vida É um Sopro", retrata a obra, a vida e a firme opção política do arquiteto, humanista e comunista que em 15 de dezembro deste ano completará cem anos.
O filme terá uma sessão especial nesta quarta-feira no Congresso em Brasília, cuja sede é obra do arquiteto, e começa a ser exibido a partir desta sexta-feira no circuito comercial das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Curitiba.
"Quando me encomendam um edifício público, tento fazê-lo lindo, diferente, que gere surpresa. Porque sei que os mais pobres não vão desfrutar nada, mas podem parar para vê-lo e ter um momento de prazer, de surpresa. É essa a forma como a arquitetura pode ser útil", afirma Niemeyer no documentário.
Além das obras arquitetônicas de Niemeyer, que o próprio autor comenta como foram concebidas, o filme traz à tona um gênio humano que idolatra a alma feminina --a ponto de ter se casado aos 98 anos sem que sua família soubesse--, que tem pânico de andar de avião e que nunca desistiu de sua opção pelo comunismo.
O título do filme faz alusão a uma declaração do próprio Niemeyer, que afirma que a vida é "um sopro" e que, portanto, é preciso aproveitá-la.
O filme, com direção e roteiro do documentarista Fabiano Maciel, aproveita os depoimentos informais do arquiteto sobre suas obras, política, amigos, mulheres e Brasil para traçar o perfil de Niemeyer, complementado por declarações de personalidades ilustres que o conheceram, como os escritor português José Saramago e seu colega uruguaio Eduardo Galeano.
Saramago, outro comunista e humanista, fala sobre a integridade e a coerência do arquiteto, enquanto Galeano diz que Deus se inspirou no arquiteto quando criou a geografia do Rio de Janeiro.
"É sabido que Oscar Niemeyer odeia o capitalismo e odeia o ângulo reto. Contra o ângulo reto, que ofende o espaço, ele fez uma arquitetura leve como as nuvens, livre, sensual, que é muito parecida com as paisagens das montanhas do Rio de Janeiro, montanhas que parecem corpos de mulheres deitadas, desenhadas por Deus no dia em que Deus achou que era Niemeyer", destaca Galeano.
Além dos depoimentos do Nobel de Literatura e do escritor uruguaio, também estão incluídas falas do historiador britânico Eric Hobsbawm, do ex-presidente português Mário Soares, do cineasta Nelson Pereira dos Santos e do cantor Chico Buarque.
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Um documentário de 90 minutos, "Oscar Niemeyer: A Vida É um Sopro", retrata a obra, a vida e a firme opção política do arquiteto, humanista e comunista que em 15 de dezembro deste ano completará cem anos.
O filme terá uma sessão especial nesta quarta-feira no Congresso em Brasília, cuja sede é obra do arquiteto, e começa a ser exibido a partir desta sexta-feira no circuito comercial das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Curitiba.
Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem |
Oscar Niemeyer fará cem anos em dezembro |
Além das obras arquitetônicas de Niemeyer, que o próprio autor comenta como foram concebidas, o filme traz à tona um gênio humano que idolatra a alma feminina --a ponto de ter se casado aos 98 anos sem que sua família soubesse--, que tem pânico de andar de avião e que nunca desistiu de sua opção pelo comunismo.
O título do filme faz alusão a uma declaração do próprio Niemeyer, que afirma que a vida é "um sopro" e que, portanto, é preciso aproveitá-la.
O filme, com direção e roteiro do documentarista Fabiano Maciel, aproveita os depoimentos informais do arquiteto sobre suas obras, política, amigos, mulheres e Brasil para traçar o perfil de Niemeyer, complementado por declarações de personalidades ilustres que o conheceram, como os escritor português José Saramago e seu colega uruguaio Eduardo Galeano.
Saramago, outro comunista e humanista, fala sobre a integridade e a coerência do arquiteto, enquanto Galeano diz que Deus se inspirou no arquiteto quando criou a geografia do Rio de Janeiro.
"É sabido que Oscar Niemeyer odeia o capitalismo e odeia o ângulo reto. Contra o ângulo reto, que ofende o espaço, ele fez uma arquitetura leve como as nuvens, livre, sensual, que é muito parecida com as paisagens das montanhas do Rio de Janeiro, montanhas que parecem corpos de mulheres deitadas, desenhadas por Deus no dia em que Deus achou que era Niemeyer", destaca Galeano.
Além dos depoimentos do Nobel de Literatura e do escritor uruguaio, também estão incluídas falas do historiador britânico Eric Hobsbawm, do ex-presidente português Mário Soares, do cineasta Nelson Pereira dos Santos e do cantor Chico Buarque.
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