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13/05/2007 - 09h32

Blue Man Group vai a programas de TV e feiras de ciência

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ANDREA MURTA
Enviada especial da Folha de S.Paulo a Tampa (EUA)

Antes de chegar ao formato atual, o Blue Man Group já teve quatro, cinco e até nove homens azuis e carecas em um único espetáculo. O show já funcionou sem música e os artistas já tiveram falas. Mas o trio mudo foi a fórmula que se mostrou mais bem-sucedida.

Com esse formato, os criadores do BMG, Chris Wink, Matt Goldman e Phil Stanton, passaram a chefiar um grupo empresarial de 60 homens azuis que, além de turnês e filiais em dois continentes, faz aparições na TV, vende DVDs, cria feiras de ciência e investe em projetos educacionais.

As carecas azuis brilhantes, no entanto, acompanham toda a trajetória do grupo. "A imagem em nossa mente era um cara careca e azul. Não tem explicação, foi algo instintivo", afirma Goldman, que conversou com a Folha por telefone, de Nova York.

Do início curto nas ruas de Manhattan em meados dos anos 80, na passagem rápida por apresentações em bares, até a aquisição do primeiro teatro próprio do grupo, em 1991, o formato do personagem azul, que parece ter saído de uma pintura, continua o mesmo.

Em pouco tempo, Stanton e Wink, que trabalhavam como garçons, e Goldman, designer de softwares, abandonaram os empregos para se dedicarem exclusivamente a cobrir o corpo com as tintas.

Nos três primeiros anos de apresentações no teatro de Nova York (o Astor Place Theatre, com capacidade para 298 pessoas), o trio atuou em 1.285 espetáculos sem pausas, até que a demanda se tornou grande demais para apenas três pessoas.

Primeiros passos

O exército de carecas começou a ser criado em 1994, com a abertura da filial do grupo, em Boston. "Os primeiros caras foram os mais difíceis de encontrar e treinar, porque nem sabíamos direito o que estávamos procurando", diz Goldman.

O esforço para formar os artistas deu certo, e logo foi a vez de Las Vegas receber um show fixo. As tintas se espalharam por Chicago, Londres, Amsterdã e Berlim, além de rodarem o mundo em megaturnês.

Hoje, com 20 trios fixos, existem recrutadores do BMG especializados em encontrar novos artistas dispostos a se dedicar ao show. O crescimento do projeto recebeu críticas: segundo Goldman, a cena underground de Nova York, a primeira a celebrar as carecas, se virou contra o grupo ao testemunhar a abertura das filiais.

"Foi difícil, principalmente ao abrirmos o teatro de Las Vegas. Mas conseguimos provar que não iríamos perder a essência do BMG."

Atualmente quarentões e afastados das tintas, Goldman, Wink e Stanton só encarnam o personagem azul em ocasiões especiais ou em shows na TV. O trabalho do trio se volta para a criação de novas peças e gerenciamento.

Mas, assim como no show, não há como prever o final: "Meu filho está com três anos, e eu quero que ele se lembre do pai dele no palco. Quem sabe?", diz Goldman.

A jornalista ANDREA MURTA viajou a convite da CIE do Brasil

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