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05/11/2003
-
09h10
ALEXANDRE MANDL
da Folha de S.Paulo
Segundo um estudo do Ibope eRatings, o número de usuários brasileiros domésticos cresceu 6,2% só no primeiro trimestre. A perspectiva é de que o crescimento continue e a insatisfação dos 7,922 milhões de usuários também. Os internautas não aguentam mais spams, vírus, janelas pop-ups e histórias de ataques ao seu microcomputador.
Para diminuir o assédio virtual ao qual o internauta está sujeito, o Yankee Group revela que, até 2007, provedores no mundo todo devem gastar US$ 1,74 bilhão em ferramentas de segurança.
No Brasil, os provedores de internet já apresentam antídotos. Empresas como Globo.com, Mandic, Terra e UOL oferecem serviços de anti-spam e antivírus. Procurado pela reportagem, o iG preferiu não participar do teste.
A reportagem testou as ferramentas das quatro companhias por meio de contas de e-mail. Após remeter uma média de cem mensagens para essas contas, enviar vírus do tipo Blaster e testar o nível de eficiência dos anti-spams, os resultados não corresponderam às expectativas, mas satisfazem em alguns itens.
Duas empresas demonstraram um anti-spam regular, o UOL e a Mandic. O Universo Online passou em alguns testes porque usa a tecnologia de tira-teima --em que o remetente é obrigado a se autenticar manualmente--, que bloqueou todos os 108 spams enviados propositalmente.
O serviço do UOL oferece também a pasta Quarentena, para onde são enviadas supostos spams. Nos testes realizados, as mensagens de qualquer remetente foram para a pasta automaticamente. Mesmo com o tira-teima feito, foi preciso cadastrar o autor do e-mail para que o incômodo acabasse.
A Mandic também apresentou resultados satisfatórios. Durante os testes, a reportagem preferiu acionar apenas o anti-spam inteligente, que elimina as mensagens automaticamente. Foi deixado de lado o sistema members only, igual ao tira-teima do UOL. De 105 spams, o provedor deixou escapar apenas 2% dos e-mails.
O e-mail protegido do Terra também não desapontou. Chegaram poucos spams, mas o sistema cometeu erros graves. Mensagens com o título "Compre um carro na Internet" e "Compre endereços de e-mail" chegaram sem problemas. "O usuário precisa configurar antes todas as palavras ou domínios que quiser bloquear. Se não fizer isso, passa mesmo", diz Caique Severo, gerente de produtos e serviços do Terra.
Quem apresentou os piores resultados foi o Globo.com. A companhia ainda não tem um filtro anti-spam, que deve chegar em meados deste mês. Os seus usuários podem apenas bloquear os domínios dos remetentes desejados manualmente.
Na questão de antivírus, todas as empresas testadas não deixaram passar os vírus mais comuns da internet, como o Blaster. O resultado deve-se ao fato de todas utilizarem o mesmo fornecedor de antivírus nos seus serviços.
Para o combate de outros males da internet, apenas o Universo Online oferece ferramentas. O AntiPop-up UOL bloqueia todas as janelas pop, exceto as que o assinante configurou previamente.
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da Folha de S.Paulo
Segundo um estudo do Ibope eRatings, o número de usuários brasileiros domésticos cresceu 6,2% só no primeiro trimestre. A perspectiva é de que o crescimento continue e a insatisfação dos 7,922 milhões de usuários também. Os internautas não aguentam mais spams, vírus, janelas pop-ups e histórias de ataques ao seu microcomputador.
Para diminuir o assédio virtual ao qual o internauta está sujeito, o Yankee Group revela que, até 2007, provedores no mundo todo devem gastar US$ 1,74 bilhão em ferramentas de segurança.
No Brasil, os provedores de internet já apresentam antídotos. Empresas como Globo.com, Mandic, Terra e UOL oferecem serviços de anti-spam e antivírus. Procurado pela reportagem, o iG preferiu não participar do teste.
A reportagem testou as ferramentas das quatro companhias por meio de contas de e-mail. Após remeter uma média de cem mensagens para essas contas, enviar vírus do tipo Blaster e testar o nível de eficiência dos anti-spams, os resultados não corresponderam às expectativas, mas satisfazem em alguns itens.
Duas empresas demonstraram um anti-spam regular, o UOL e a Mandic. O Universo Online passou em alguns testes porque usa a tecnologia de tira-teima --em que o remetente é obrigado a se autenticar manualmente--, que bloqueou todos os 108 spams enviados propositalmente.
O serviço do UOL oferece também a pasta Quarentena, para onde são enviadas supostos spams. Nos testes realizados, as mensagens de qualquer remetente foram para a pasta automaticamente. Mesmo com o tira-teima feito, foi preciso cadastrar o autor do e-mail para que o incômodo acabasse.
A Mandic também apresentou resultados satisfatórios. Durante os testes, a reportagem preferiu acionar apenas o anti-spam inteligente, que elimina as mensagens automaticamente. Foi deixado de lado o sistema members only, igual ao tira-teima do UOL. De 105 spams, o provedor deixou escapar apenas 2% dos e-mails.
O e-mail protegido do Terra também não desapontou. Chegaram poucos spams, mas o sistema cometeu erros graves. Mensagens com o título "Compre um carro na Internet" e "Compre endereços de e-mail" chegaram sem problemas. "O usuário precisa configurar antes todas as palavras ou domínios que quiser bloquear. Se não fizer isso, passa mesmo", diz Caique Severo, gerente de produtos e serviços do Terra.
Quem apresentou os piores resultados foi o Globo.com. A companhia ainda não tem um filtro anti-spam, que deve chegar em meados deste mês. Os seus usuários podem apenas bloquear os domínios dos remetentes desejados manualmente.
Na questão de antivírus, todas as empresas testadas não deixaram passar os vírus mais comuns da internet, como o Blaster. O resultado deve-se ao fato de todas utilizarem o mesmo fornecedor de antivírus nos seus serviços.
Para o combate de outros males da internet, apenas o Universo Online oferece ferramentas. O AntiPop-up UOL bloqueia todas as janelas pop, exceto as que o assinante configurou previamente.
Arte/Folha Imagem |
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