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27/11/2003 - 10h53

Brasileiros gastam 3h33min mensais com aplicativos de internet

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FERNANDA K. ÂNGELO
da Folha Online

Os internautas residenciais brasileiros estão entre os maiores usuários de aplicativos web do mundo, deixando para trás os norte-americanos. Em outubro, eles gastaram em média 3h33min com "media players", software de mensagens instantâneas, programas de troca de arquivos e telefonia via internet, entre outros, de acordo com o Ibope/NetRatings.

Enquanto isso, os usuários nos EUA dedicaram 2h49min a esses aplicativos. Os brasileiros também superaram internautas de países onde a web tem alta taxa de penetração, como França, Suécia e Reino Unido. O tempo gasto com aplicativos de internet nessas regiões foi de 2h29min, 2h58min e 2h39min, respectivamente.

Esta foi a primeira vez que o Ibope/NetRatings mediu o uso de aplicativos baseados no protocolo IP (Internet Protocol) entre os usuários no Brasil.

Devido à complexidade da codificação no Japão, o programa de medição de aplicativos web ainda não está em uso no país. Isso deve acontecer em dezembro, segundo Marcelo Coutinho, diretor de serviços de análises do Ibope/NetRatings. Assim, ainda não podemos dizer que os brasileiros são os maiores usuários mundiais desses tipos de ferramentas.

Porém, para o instituto de pesquisas, os números indicam o potencial da convergência da mídia em nosso país, principalmente entre os internautas mais jovens.

Aplicativos

No Brasil, 5,7 milhões de internautas utilizaram aplicativos de internet em outubro. Entre os mais usados estão o Windows Media Player, com 3,4 milhões de usuários, o MSN Messenger (2,35 milhões) e o ICQ (1,5 milhão).

O tempo médio de uso destes aplicativos varia entre 46 minutos (Windows Media Player) e 2h53min mensais, no caso do Yahoo Messenger.

O popular software de compartilhamento de arquivos na internet Kazaa foi usado por 1,1 milhão de usuários, dos quais 56% são jovens entre 12 e 24 anos.

Um dado curioso apontado pelo Ibope é que 14% dos usuários do Kazaa, mais conhecido pela troca de músicas --e por isso mesmo alvo de processos jurídicos movidos pela indústria fonográfica--, são pessoas com mais de 45 anos.

Tempo e população

Quando analisado o tempo de navegação pela internet, o Ibope constatou que os brasileiros passaram 12h52min on-line em outubro. Nesse caso, atrás apenas dos EUA e Japão, que gastam mais entre 13 horas e 14 horas conectados.

Segundo o Ibope/NetRatings, em outubro, levando em conta os usuários dos aplicativos de web, a população brasileira de internautas residenciais totalizou 8,52 milhões de usuários.

No entanto, Marcelo Coutinho, diretor de serviços de análise do Ibope/NetRatings, explica que com o novo modelo de medição fica impossível fazer comparações com levantamentos anteriores, que não incluem os aplicativos de internet. Para efeito de registro, o número de internautas ativos em setembro no Brasil, sem considerar esses aplicativos, era de 7,16 milhões.

Hoje o uso da internet não se restringe mais apenas ao navegador. O usuário de computadores está exposto a uma série de aplicativos baseados no protocolo IP. São aplicativos que exigem uma conexão à internet, mas dispensam o uso de um browser e a navegação entre diferentes sites. Ou seja, muitas vezes, ainda que não esteja navegando pela web, o internauta está conectado à rede.

Nova medição

A nova versão do software de medição de audiência da Nielsen NetRatings, o DMU (Digital Media Universe), foi implantado em outubro no Brasil e em mais dez países onde a empresa atua. O programa é usado para medições nos Estados Unidos desde o mesmo mês de 2002.

Domínios

Outubro foi também o primeiro mês em que o Ibope/NetRatings não divulgou seu tradicional ranking de domínios na web.

Coutinho explica que isso se deve ao fato de que atualmente o instituto realiza medições de múltiplas formas --são oito rankings diferentes. Alguns consideram aplicativos de internet ou marcas, por exemplo. Enquanto outros levam em conta diferentes aspectos.

O diretor destaca que todas os modelos estão corretos e por esse motivo o Ibope/NetRatings não poderia privilegiar nenhum dos rankings. "Hoje a internet é muito mais multimídia", diz Coutinho, acrescentando que as diferentes formas de medição permitirão dados muito mais detalhados do uso da web.

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